28 de septiembre de 2005

A origem das expressões mais expressivas

Em 1996, minha mãe foi ao Marrocos e, claro, trouxe um montão de bugigangas. Dentre elas um chapéu típico feito de linhas coloridas (mais bonito que o que o surfistinha da foto está usando). Eu tenho até hoje, mas nunca tive coragem de usar, nem numa festinha descolada.

Uma das amigas mais íntimas de mamãe tem um filho – daqueles super-edipianos e chatos – que sempre namora umas morenas iguais. Nunca digo o nome delas para não me confundir, mas devem ser apenas três. A da época em questão além de simplória é mulher-bicha segundo o conceito desenvolvido no gongo-link já citado anteriormente.

Determinado o cenário e os personagens, vamos ao apogeu da conversa.

Depois de ver muitas coisas marroquinas, presentes dados, figos comidos, kajal, couros e tal, veio parar nas mãos da dita mulé-beesha o chapéu. Ao que ela exclamou com aquela cara de filha da Regina Duarte meigaaaaaa: O que é o trabalho?! claramente querendo dizer que coisa mais linda o trabalho artesanal do artesanato. Ao que a senhora minha mãe prontamente respondeu: - É crochê. Uma resposta à altura. Não?

Desde então, a frase virou mito e é amplamente usada para demonstrar contentamento ou desprezo. Vejamos alguns exemplos:
O que é o trabalho?! (um gnomo maconheiro de durepox)
O que é o trabalho?! (uma pessoinha linda e fofa)
O que é o trabalho?! (um cabelo super-estruturado desestruturado com luzes e reflexos)

A expressão é super útil em várias situações do cotidiano. Agora que a expressão expressiva já está explicada então posso fazer uso corrente no blog já que está garantido o seu perfeito entendimento.

Sí, por supuesto! Claro que sí! Bueno, che claro! Claro! No, eso no!!!


Ah ah
Something ain't right
I'm gonna get myself
I'm gonna get myself
I'm gonna get myself
Connected


A nova propaganda do celular com chip da Claro quase foi motivo de desentendimento aqui em casa. A minha missão era descobrir qual é a canção tema do comercial. Depois de relutar um pouco, lá fui eu para frente da televisão ver/ouvir a propaganda (fui ver a novela do Clone na América, na verdade).

A tal da música é do Stereo MC's - Connected - do disco homônimo Connected, de 1992. O mesmo que tem Step it up. Também faz parte da trilha do filme Hackers, 1995.

A banda inglesa Stereo MC’s acabou de lançar um disco novo – Paradise - parece bem bom, na mesma linha funk elegante.

Eles ainda fizeram um remix para Frozen da colega Madonna – é a mesma base que foi usada para a versão ao vivo e japonesa na Drowned World Tour. You are fro-fro-zen...

27 de septiembre de 2005

Diego La Furia Torres


Eu acabei de postar que o Diego Torres não é um dos meus cantores preferidos da latinidade. Bom, eu pensei melhor e encontrei 7 motivos para gostar do Seu Diego.

1. Ele nasceu no mesmo ano que eu e fez um acús-tico super-fofo para a MTV;
2. Ele compôs Recuerda – uma das canções que me dá vontade de chorar;
3. Ele fez o perturbador vídeo de La última Noche, em que um rapaz ouve a canção pelo rádio sofrendo pela amada, quando a música termina, ele se mata com um tiro sem ouvir o locutor dizendo que a Fulanildes o ama e quer voltar. Triste, não?;
4. Ele verteu e gravou Como uma Onda – do Nelson Motta e do Lulu Santos – para o castelhano e virou Como una Ola;
5. Ele regravou Qué será (Pueblo mío te dejo sin alegría Ya mis amigos se fueron casi todos Y los otros partirán después que yo);
6. Ele compôs e gravou Tratar de estar mejor – uma canção que me deu uma senhora força num daqueles dias de levanta, sacode a poeira e dá volta por cima;
7. Ele protagonizou os filmes La Venganza (com Recuerda como tema principal) y La Furia (foto).

- O que é o trabalho?

Deja de pedir perdón!

O cantor ator e ex-cabeludo Diego Torres direto da Argentina traz a reflexão do dia:

...
Sé que existe otra salida
algo siempre en qué pensar
bajo un sueño de locura sufro
no debes enloquecerte
si todo te sale mal
todo siempre se termina, cambia.

...

Deja de pedir perdón foi a primeira canção que eu ouvi do Diego Torres, que não é dos meus cantores latinos preferidos, a versão original foi lançada em 1994 no álbum Tratar de estar mejor. No acústico da MTV é a primeira do set list e foi composta pelo próprio Diego em parceria com Cachorro López.

26 de septiembre de 2005

Juner e Zecão o casal do momento

Eu aqui vendo a novela América do Clone descobri que o Junior (Bruno Gagliasso, ex Daniele Winits - custei mas achei o link-gongo) acaba de conhecer seu par romântico na NOVELA.

O derretedor de corações do irmão da Sandy, (não, esse é outro Junior) é o ator Erom Cordeiro que interpreta o peão Zeca. José Carlos foi contratado pela viúva Neuta para cuidar do touro Bandido e aumentar os conflitos do conflituado Juninho - o jovem garanhão.

O moço aí não quer saber de bretera, não.

Dona Glória Perez colocando o amor no caminho do atormentado e enrustido Junior.

Agora, resta saber se ele vai apanhar na rua como o André Gonçalves quando interpretava o Sandrinho?

Tu não és da família!


Os fãs da Madonna já devem conhecer Sly – uma versão 70s do Princeand the Family Stone.

Em 1990, Madonna usou os primeiros versos de Family Affair para a introdução da apoteótica Keep it together (It's a family affair, it's a family affair One child grows up to be Somebody that just loves to learn And another child grows up to be Somebody you'd just love to burn Mom loves the both of them You see it's in the blood Both kids are good to Mom 'Blood's thicker than mud' It's a family affair, it's a family affair), última canção da Blond Ambition Tour. A música que toca ao fim da apresentação quando fogos de artifício explodem é Stand, também do Sly and the Family Stone.

No Girlie Show de 1993 – aquele que veio ao Brasil – Madonna abusa das referencias slyanas. A música da introdução de Everybody – mais uma vez a última e inacreditavelmente boa canção do show – é Everybody is a Star (Everybody is a star I can feel it when you shine on me I love you for who you are Not the one you feel you need to be Ever catch a falling star Ain't no stopping 'til it's in the ground Everybody is a star One big circle going round and round). Momento lágrimas!

Para apresentar a banda, ainda em Everybody, Madonna canta Dance to the Music (All we need is a drummer, for people who only need a beat I'm gonna add a little guitar and make it easy to move your feet). A mesma canção que encerra o karaokê do Shrek 1.

Ainda não se convenceu que os caras são tudo de bom?

Bom, o Duran regravou I wanna take you higher, no álbum Thank you – aquele só de covers. A Tina Turner, ainda com o marido Ike, também fez a sua versão de I wanna take you higher (Feeling's nitty-gritty Sound is in the city too Music's still flashin' me Don't ya want to get higher Baby baby baby light my fire. Boom shaka-laka-laka Boom shaka-laka-laka Higher! C'mon light my fire Want to take you higher).

Por fim, a banda japonesa Pizzicato Five refez Family Affair com letra nova e virou Let’s be Adult, do maravilhoso This Year’s Girl.

Coloquei algumas referências que confirmam que Sly and the Family Stone é maravilhoso. Um grupo funk de primeira. Quer saber mais? Procure descobrir as linhas de baixo chupadas diretamente das canções de Sly.

22 de septiembre de 2005

Bunny Titanic with Leo di Bunny & Fat Kate Bunnyslet


Sem paciência para duas longas horas de filme?

Os coelhinhos têm a solução...

Mega-produções em apenas 30 segundos.

Confira Alien, Titanic, Massacre da Serra Elétrica, O Iluminado, Tubarão, Pulp Fiction, e outros blockbusters.

Quando entrar setembro e a boa-nova andar nos campos...


Antônio Cícero dá boas vindas à primavera com um poema musicado pela mana Marina para o disco Setembro, de 2001.

Ainda bem que o inverno acabou!




Primavera
Tudo quer se experimentar
Todas as fronteiras
Querem evaporar
Quem não se encarar com amor
Vai terminar ovelha
No bolso de um pastor

É Setembro
Tudo tenta se superar
E cheia até a beira
A vida quer jorrar
Quem não se encarar com amor
Vai fazer besteira
Na esteira do rancor

Um mundo sem fome mais
Sem opressão
Sem tráfico, sem terror
E com união/educação

Primavera
Tudo no vermelho e sem luz
Mas se alguém pergunta
Dizemos tudo azul
Na TV alguém da Maré
Uma brasileira
Diz ser feliz e é

21 de septiembre de 2005

Walmor em Porto Alegre

O Porto Alegre em Cena acabou ontem, ao menos para mim. Encerrei a programação vendo Um Homem Indignado, com e do ator gaúcho Walmor Chagas, 75.

Confesso que não esperava grande coisa, só queria ver o Walmor nada mais. A peça é uma grata surpresa.

O ator contracena com imagens projetadas no fundo e nas laterais brancas. Morte, suicídio, velhice, televisão, cultura de massa, teatro, tesão, livros da moda... são alguns dos temas contra os quais Walmor Chagas lança sua indignação. Compara o imperalismo norte-americano com a destruição dos povos americanos pelos conquistadores europeus -- a busca de ouro, prata, petróleo todas riquezas da terra ainda é a mesma.

A peça mostra a gravação de um reality show onde o ator faz suas confissões:

"Não sou daqueles que viram Irmãos Coragem. Sou dos que leram Os Irmãos Karamazov..."

"Se te queres matar, por que não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!"

(E esse Álvaro de Campos, hein? Será que andou participando do Big Brother Portugal?)

Escolhi três peças para ver no POA em Cena, por motivos totalmente diferentes, e as três tratavam do mesmo tema só que por ângulos bem diferentes: a passagem do tempo, a idade, as lembranças do passado, e como a gente vai perdendo a paciência com o resto do mundo e quer mais é ficar em casa lendo um livro...

19 de septiembre de 2005

A fila do confessionário só faz aumentar...

...e eu também quero comungar!



Minha Nossa do Rosa Pink são tantos pecados para confessar
a lista é grande, a espera é longa, a redenção é para quem festeja.
Santa Coreografia na hora de ir para pista de dança nos proteja
Perdoe sempre nossa ansiedade e que os downloads eu possa finalizar.

Não só de Into the Groove e Vogue vive nossa fé
Holiday já deu o que tinha que dar, não é?
Saudades do glamour de Deeper and Deeper
You can dance if you want to be sweeter.

Que venha a nós a Vossa disco fluorescente
Agora, nessa hora retrô, e sempre
Nos salve do horror de ser decadente.
Amém!


Quer saber tudo sobre o novo single Hung up? Dá uma olhadinha lá no Madonnaonline.

18 de septiembre de 2005

Diva Divina


Ontem, fui ver a peça do Mario Vargas Llosa - La Señorita de Tacna - com Norma Aleandro.

A coisa mais incrível é a transformação de la señorita casadoira de 16 anos em uma velha centenária, apenas com o uso de um xale. Na peça, todas as personagens vão e vêm no tempo, chegando a parecerem atores diferentes. Só no fim do espetáculo notei que a atriz - Silvina Bosco - que faz a prima jovem e a prima centenária, estava grávida, bem grávida mesmo, com um barrigão.

Claro que tem coisas dispensáveis e um tanto melodramáticas, mas tudo bem, é teatro, e melhor no São Pedro. A história é meio comum - jovem escritor tenta contar a história da família (antes rica e próspera, agora decadente e falida) com base nas lembranças confusas de sua tia-avó. Segredos e pecadinhos do passado vêm à tona, enquanto os velhos travam suas batalhas - andar, manter a lucidez, comer a sopa rala, hacer pis en los calzones...

Uma das coisas que poderia atrapalhar é o sotaque portenho dos atores, mas, muito pelo contrário, a dicção é perfeita. Quando a centenária Mamaé (Mama + Elvira) murmura e resmunga é mais difícil. Já no Brasil, ator falando claramente é coisa bem difícil. Os porto-alegrenses gritam demais e têm aquelas vogais abertas irritantes. Os cariocas (vi a Joana Fomm em Duas x Pinter semana passada) têm tantos xis que é difícil de acreditar que estão sendo sinceros.

Atenção: maldade desnecessária a seguir: Não impede que, assistindo à Norma Aleandro, passou-me pela cabeça que, se a peça estivesse sendo apresentada em São Paulo, onde eles não sabem argentino, e não em Porto Alegre, todo mundo teria adorado -- paulista que vai a teatro adora coisa que não entende. Pior, iam achar tudo meio bergmaniano, porque castelhano pra paulista é sueco.

No Santander Cultural estão passando dois filmes de Norma Aleandro - O Filho da Noiva e Cleópatra. Duas comédias bem leves e gostosas de ver, ainda mais no cinema.

15 de septiembre de 2005

Pode ser o que for...

Caju, Caju*, eu leio os sinais
Vem vindo coisa boa pra mim
Me sinto bem, me sinto capaz
De transformar o tempo ruim
(Reinaldo Arias/Marina Lima/Ronaldo Bastos)

Ainda estou aqui... ainda vivo, aguardando os sinais...

Pare
Olhe
Escute
Siga

* Caju um dos apelidos de Cazuza

9 de septiembre de 2005

MADONNA GALORE

Investigações epistemológicas a respeito da compressão de áudio e sua influência na telefonia celular: uma abordagem interdisciplinar a nível [sic] de Madonna na pós-modernidade globalizada depois do 11 de setembro


Um projeto de tese

Introdução

1. Comercial (fotos ao lado)

1.1. Madonna interrompe uma ligação no meio do deserto
1.2. Alanis Morissette, Bootsie Collins, Beethoven, Iggy Pop, Little Richard...
1.3. Mais gente chega de camelo, de Kombi...

1.4. Cabine cheia
1.5. No ROKR da Motorola cabe até 100 músicas

1.6. Madonna diz: Hello Moto

2. Celular: ROKR da Motorola

3. Visual: roupinha preta para esconder a tipóia

4. Discografia: para baixar no iTunes

5. Hung up: título do novo single

5.1. Sample de Gimme, gimme, gimme (a man after midnight) do ABBA
5.2. Citação de Love song, dueto da Madonna com o Prince
5.3. Pronta para encher as pistas de dança


6. Confessions on a Danceflor: disco novo

7. DVD da Re-Invention Tour: Que tal? Lisboa!

8. Documentário: I'm going to tell you a Secret

Conclusão:

Madonna está enchendo os bolsos e a gente esvaziando.

Portable Porter

Juntei alguns álbuns e canções dedicados a Cole Porter em mp3 para deleite do meu amigo Corradi. Os dois Songbooks da Ella Fitzgerald, o do Frank Sinatra, e o da Julie London. Ainda as melhores versões da trilha do filme De-Lovely, do Red Hot + Blues, mais algumas coisas soltas.

Talvez as versões da Ella tenham se tornado “as definitivas”. - Quer conhecer Cole Porter? - Então escute os dois volumes da Miss Fitzgerald. Como bem disse Vincente Minnelli: If you want to learn how to sing, listen to Ella Fitzgerald.

Ella nasceu em Newport News, no estado da Virginia, em 25 de abril de 1918. Muito embora tenha sido reconhecida como uma das grandes damas do jazz, sofreu enormemente com o preconceito por causa da sua cor.

Recebeu apoio de gente importante, como Marilyn Monroe, que ajudou a romper com as barreiras impostas pela cor. Por influência de Marilyn, Ella estrelou uma temporada de sucesso no Mocambo, famosa casa de shows na época. Miss Monroe tinha uma mesa especialmente reservada para todas as noites da temporada. Ella considerava Marilyn uma mulher excepcional e muito a frente de seu tempo.

Ella morreu em 15 de junho de 1996, na sua casa em Beverly Hills, após anos de luta contra a diabete. Em decorrência da má circulação causada pela diabete teve que amputar as duas pernas, dificultando suas aparições públicas e concertos. Sua última apresentação ao vivo foi no Carnegie Hall, em 1991. Assim mesmo, durante a primeira metade dos anos 90, Ella gravou incessantemente.

Voltando ao C. P. As letras de Cole Porter são maravilhosas. O que chama atenção é que poucos intérpretes cantam a introdução das canções. A Ella Fitzgerald cantava.

As introduções serviam para que no musical (teatro ou cinema) tivessem uma ligação com os diálogos. Indicavam que o ator ou atriz iria começar a cantar e impediam que os diálogos simplesmente parassem e a criatura saísse cantando do nada. Mesmo sendo uma canção separada do seu contexto, vale prestar atenção.

Frank Sinatra manteve a introdução de Night and Day na versão de seu disco dedicado à Porter. Das muitas versões de Night and Day essa é a definitiva, ao menos para mim.

Like the beat beat beat of the tom-tom
When the jungle shadows fall
Like the tick tick tock of the stately clock
As it stands against the wall

Like the drip drip drip of the raindrops
When the summer shower is through
So a voice within me keeps repeating
You, you, you


Night and Day - Cole Porter

6 de septiembre de 2005

WAITING (Reprise)


All those insecurities
That have held me down for so long
I can't say I've found a cure for these
But at least I know them
So they're not so strong

George Michael

5 de septiembre de 2005

Tô careca de raiva ou...

sai com essa Mandinka pra lá!

Hoje, fiquei sabendo de um caso verdade - me contaram no msn - agora conto para vocês.
Desde a primeira vez que Xineide se encontrou com o seu orientador, deixou bem claro que queria tratar disso e daquilo para resolver tal questão. Ele disse que disso sabia tudo, mas daquilo nada sabia.

O que fez Xineide? Nossa heroína procurou saber muito sobre daquilo. Leu um monte de coisas sobre daquilo. Chegou à conclusão que precisava em um livro daquilo mesmo. Lá pela página duzentos e setenta e pouco daquilo resolve muito claramente a tal questão. Xineide estava happy, tipo feliz.

Depois de tudo resolvido com daquilo, Xineide procurou o orientador para tratar disso. Saiu de lá com uma pilha de livros, xerox e tarefas – resume essas coisas e depois me mostra. Abnegada, resumiu e mostrou, mas essas coisas não tinham nada ver com a tal questão. A obediência é uma virtude esquecida.

Pelas leituras, exceto por essas coisas, Xineide chegou a uma conclusão parcial para a tal questão. Deixou isso bem claro, mas isso não a convenceu. Na reta final, isso ainda incomodava Xineide.

Hoje ela estava tentando resolver uma questão preliminar ao seu assunto navegando pela amiga dona Inter Nete. Não é que ela, a Nete, contou onde é que estava a essência disso. Foi mais ou menos assim:

- Olha lá, guria, tem uma passagem em que o cara diz assim ó: isto é isto, isso é isso, e aquilo é aquilo. - Ah, ta bem! Agora entendi! Simples assim, darling?

Agora me conta, custava dizer onde é que está a solução para a tal questão? Já que estamos falando sobre alguém que sabe TUDO disso.

Força colega!

Quero deixar claro que estamos falando de um parágrafo em uma obra complexa dividida em cinco grandes livros, cada livro dividido em mais de 100 grandes questões. Cada questão é discutida em uma série de artigos que varia de 4 a 9, subdivididos em... OK, deixa assim.

ME ODIO CUANDO MIENTO


Y ahora me arrepiento
De no haber sabido
Aprovechar el momento
Y siento haber oido
Mi voz diciendo
Que no importa nada
Que son cosas de la vida
Que algún día lo olvidariamos
Los dos

aah aah aaaah
Me odio cuando miento
aah aah aaaah
Me odio cuando miento

FANGORIA

2 de septiembre de 2005

Copy & Paste - Change it!

Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui?

Eu estava lendo os sonetos do Glauco Matoso (foto) - poeta, ensaista, tradutor, cego e pedólatra - quando li o Soneto Virtual lembrei logo da música Technologic do Daft Punk.

Será que os Dafts gostam do poeta brasileiro? Ou, o tema "computador" com "internet" inspira da mesma forma?

Confira os dois:

SONETO 284 VIRTUAL

Instale. Acesse. Clique. Tecle. Aguarde.
Dê. Mova. Chova. Salve. Selecione.
Carregue. Faça sol. Digite o fone.
Visite o site. Não seja covarde.

Você já conectou, agora é tarde.
Caiu em meu poder. Sou Al Capone,
de volta, virtual, ícone, clone.
É bom obedecer! Não faça alarde!

Preste atenção, vou dar as instruções:
No tempo faça atrás uma jornada.
Procure em Portugal um tal Camões.

Prive com ele e traga decifrada
a fórmula do deca em diapasões.
Quero patenteá-la formatada.
(Glauco Matoso - Galería Alegría, 2003)


TECHNOLOGIC

Surf it, scroll it, pose it, click it,
Cross it, crack it, twitch -
Update it
Lock it, fill it, curl it, find it,
View it, coat it, jam - unlock it,
Buy it, use it, break it, fix it,
Trash it, change it, melt -
Upgrade it,
Charge it, pawn it, zoom it, press it,
Snap it, work it, quick - erase it,
Write it, cut it, paste it, save it,
Load it, check it, quick - rewrite it.
(Daft Punk - Human after all, 2005)

1 de septiembre de 2005

Dezembro mês da RENA Louca

Dinah Washington, nasceu Ruth Jones, em 29 de agosto de 1924 e morreu em 14 de dezembro de 1963, de uma overdose acidental de álcool e pílulas para emagrecer, aos 39 anos. Uma das grandes divas do jazz, cantava com fúria, tanto que baladas doces se transformavam em manifestos de ódio. Gastou muito dinheiro com homens e peles - naquela época era permitido usar peles. Ficou conhecida, principalmente, por What a difference a Day makes. Gravou September in the Rain, em 1961.


A pessoa sobreviveu a mais um agosto. Setembro é um mês mais simpático, tem o inicio da primavera, tem duas músicas que eu adoro: September in the Rain (Al Dubin - Harry Warren) e September Song (Maxwell Anderson - Kurt Weill). But it’s a long, long while from may to december And the days grow short when you reach september. A letra se refere a um setembro no hemisfério norte, é claro.

Agora só falta dezembro. A pessoa não merece aniversário, natal, propagandas de natal, presentes de natal, calor, pessoas loucas por causa do natal, choradeira de natal, obrigação de ser feliz no natal, família reunida no natal, repensar o ano, resoluções para o próximo ano - tudo isso em um único mês.

Preferiria estar em um Kibbutz, putz!

Aqui vai o meu obrigado ao Roddy pelo oferecimento!
Esse guri é sempre tão prestativo.