28 de febrero de 2006

Mania de você

Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue.

Recebi esse convite da Angélica, sempre atenciosa servindo chá para as massas.

Hábitos ou manias que me distingam dos outros, sei não, eu me acho tão comum, mas vamos tentar...

1. Eu adoro ouvir boleros. Desses bem rasgados, trágicos, aqueles que falam de abandono, traição e amores impossíveis. Talvez seja a minha veia mais latina, quer dizer, é quando eu me sinto mais latino-americano. Queria ter nascido mexicano e me chamar Marcêlo Enrico.

2. Eu tenho mania de ir embora. Digo: Tá, chega, deu né?, mas jamais digo: Fui. Estou tentando melhorar.

3. Tenho a péssima mania de comer no supermercado ou saindo dele. Pode ser chocolate, pão, balinha, uma coca-light ou um iogurte. Falando em comer, tenho mania de beliscar antes de comer de verdade. Tem gente que fica louca!

4. Minha vida tem trilha sonora.

5. Tenho mania de tirar cravos, futucar, espremer, apertar. Uma coisa esteticista forte.

Mandei o convite para:

A Bióloga
A Denise
O Calexico
O Roddy
O Vizinho

Volta, vem viver outra vez a meu lado

Eu já estou me preparando ouvindo na voz de Elis Regina do Lp Elis in London para A Volta de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli :

Quero ouvir a tua voz
E quero que a canção seja você
E quero em cada vez que espero
Despertar se não te vir

É triste a solidão
É longe o não te achar
Que lindo é o teu perdão
Que festa é o teu voltar

Mas quero que você me fala
Que você me cale caso eu perguntar
Se o que te fez mais lindo, ainda
Foi a tua pressa de voltar

Levanta e vem, correndo
Me abraça e sem sofrer
Me beija longamente
O quanto a solidão precisa pra morrer

25 de febrero de 2006

Mamãe é preciso ter coragem

Depoimento de uma mãe moderna para a revista She ‘n’ Ellas.

Eu crio meus filhos para o mundo. Jamais interfiro na vida pessoal deles. Sou amiga mesmo. Quando me pedem dou conselho, oriento, sento com eles, temos uma conversa franca e aberta e tudo se resolve. Eu era ripe (sic) e pregava o amor livre. Sempre livre, nunca um amor absorvente, castrador. Eu era bem loca, mesmo, dava pra todo mundo. Agora estou mais calma, também com quatro filhos pra cuidar e ainda ser executiva de uma multinacional.

Tudo que meus filhos quiserem ser na vida eu dou todo o apoio. Agora não me apareçam em casa nem drogados, nem viados, muito menos sapatonas, que eu deserdo, ainda mando dar uma surra. Eu sou super liberal, mas paciência tem limites.

Ah, o nome dos meus filhos? O mais velho é o Hétersson, um doce anda sempre com um amiguinho que é um amor. Depois, do meu segundo casamento tem a Putyane, muito delicada, uma flor, é boxeadora. Depois veio a Lesbyane, que te confesso é namoradeira, como eu era. O caçula é o Gueysson, esse ainda vai dar trabalho. Todos são lindos, igualzinho a mamãe aqui.

Luxo e Originalidade no Carnaval Gaudério


Carnaval fora da Bahia e do Rio de Janeiro não tem muito sentido. No sul deveria ser terminantemente proibido, ainda mais que as prefeituras investem dinheirinhos na festa popular. Melhor seria colocar um telão com o dvd da Ivete Sangalo Nutrisse, o que faria muito mais efeito. Eu sei, eu sei que as pessoas precisam se divertir.

Carnaval é uma questão de gosto, falta do mesmo, grana e animação para programas de índio. Cada um na sua.

Em Porto Alegre, as pessoas finas vão para Punta del Este; as pessoas surfistas vão para Santa Catarina; as pessoas classe média vão para o litoral norte (Capão de Tramandaí das Torres); as professoras vão para a praia de Magistério; as noveleras vão para Terra de Areia (Rutinha e Raquel moram lá); rio grandinos vão para o Cassino; as pessoas beeshas vão para a Praia Mole; os intelectuais ficam em casa vendo um filme iraniano dublado em francês; pessoas como eu ficam em casa com duas pilhas de livros para estudar.

O povão que desfila e curte carnaval foi transferido lá pro Porto Seco (ou seria Mangue Seco? esse é da Tieta). Bem longe do Moinhos de Vento! A gente se sente mais segura, né, pra fazer chapinha e fazer umas comprinhas sem que nenhum folião bêbado nos incomode - declarou aliviada Kelly Patrícia de Souza e Cruz.

Tudo muito bom, agora os foliões merecem uma chuva fudida que cai desde ontem sem parar? Acabou de aumentar.

Aqui toca a marchinha Lig-lig-lig-lé, na voz de Adriana Partimpim.

23 de febrero de 2006

Missing You

Sempre houve a certeza que a palavra saudade só existe em português, logo só sentimos saudades em português. Entretanto, não podemos desconsiderar outras manifestações.

Em espanhol, ou castelhano, se usa, entre outras coisas, o verbo extrañar, que também quer dizer em português estranhar, desterrar, exilar. A relação de extrañar com saudade é que extrañar também significa estar privado do contato que antes havia com uma pessoa, coisa ou situação.

Em português, quando pegamos uma criança no colo e ela começa a chorar sempre alguém diz: está estranhando (não te conhece, é uma situação nova, sente falta do colo da mãe ou do pai).

Em um sentido poético, acho bonito estranhar alguém. Há uma sensação de estranheza quando estamos privados de um alguém a que estamos acostumados. Sentimos falta, estranhamos as coisas que fazíamos juntos, as conversas, as divisões, dormir junto, acordar junto, ouvir música, assistir a um filme... Não chega a ser aquele sentimento melancólico arrebatador que traz a tal da saudade, mas simplesmente (se é que posso escrever esse simplesmente aí) falta.

Sobre esse assunto Armando Manzanero, meu compositor de boleros preferido, escreveu a bela canção Te Extraño. Eu sei que baladas, boleros em castelhano são o que há de brega, mas eu já escrevi aqui antes que o amor é brega. Então, dê-se ao luxo de ouvir uma música sobre a falta dolorosa que faz um na vida do outro em quatro versões baixando aqui. LuisMi (sou intimo), que ilustra o post, gravou Te extraño na sua primeira edição de sua série de cds dedicados ao bolero - Romance.

Te extraño
como se extrañan las noches sin estrellas
como se extrañan las mañanas bellas
no estar contigo, por Dios, que me hace daño

Te extraño
cuando camino
cuando lloro
cuando río
cuando el sol brilla
cuando hace mucho frío
porque te siento
como algo muy mío

Te extraño
como los árboles extrañan el otoño
en esas noches que no concilio el sueño
no te imaginas, amor, cómo te extraño

Te extraño
en cada paso que siento solitario
cada momento que estoy viviendo a diario
estoy muriendo, amor, porque te extraño

Te extraño
cuando la aurora comienza a dar colores
con tus virtudes
con todos tus errores
por lo que quieras, no sé, pero te extraño

Te extraño
en cada paso que siento solitario
cada momento que estoy viviendo a diario
estoy muriendo, amor, porque te extraño

22 de febrero de 2006

Ay dom uana rirr, Ay dom uana nou




Todo mundo, ou quase todo mundo, sabe que eu sou fã da colega Madonna. Fã que é fã coleciona, compra (agora eu tô quebrado), baixa, pede emprestado, participa de listas de discussão...

Eu participo do Fórum do MadonnaNow. Baixo milhões de coisas, que viram DVDs ou CDs de áudio. Nesses fóruns os participantes fazem um siggy (como os dois que ilustram esse post muito bem feitos pelo Boy Toy), que fica logo abaixo do texto postado, como se fosse uma assinatura. Eu não tenho, nem vou ter. Só repassei meus pontos de vista duas únicas vezes.

Já vi uns siggys bem legais outros nem tanto – agora igual a esse aí nunca. Alguém pode me explicar isso?

Da importancía da silába toníca, ou...

eu me faço de coitado.


Tenho me alimentado mal. Desde ontem tenho Ásia. Chê-sunamis invadem o continente asiático do meu estômago. Será que esse fenômeno pode ser explicado cientificamente?

Não sei bem, mas deve ser falta... falta de vergonha na cara, falta de cozinhar decentemente, falta de sal de fruta, falta do meu cozinheiro favorito, falta de um sushi-guri, falta de laço... São tantas faltas. Vou rodar por infreqüência.


Vou fazer a chamada – por favor, respondam: presente.


Pode ser a aproximação do carnaval. Sempre tem aquele grupo o Ásia de Águia.

La mano de Dios


Um dos ídolos de Rodrigo era o Diego Maradona, outro candidato sério a santo. Já tem até uma igreja montada e funcionando para o Santo Maradona. Do you believe?

Rodrigo fez uma canção em homenagem ao Maradonna - La mano de Dios. Sincretismo religioso quartetero futbolístico. Olé, olé Diegooo, Diegooo!

El Santo Potro

Continuando a série sobre santos pops...

Rodrigo, el potro, era um jovem cantor da província argentina de Córdoba. Ele fazia música do quarteto característico de Córdoba.

Em uma comparação pouco feliz - Córdoba é como a Bahia Argentina, povo alegre, festeiro, com um tipo de música muito parecida com o axé, só que tropical. Com passos, coreografia e um modo todo especial para dançar, de preferência de mãos dadas.

Rodrigo morreu no auge da fama, também em um acidente de carro, em 2000. Falava-se em envolvimento com drogas, tráfico e maletas com dólares.

Rodrigo fez dois shows lotados no Luna Park em Buenos Aires, consagrando a música quartetera. Os maiores sucessos de Rodrigo são Cabecita (tema da novela homônima), El mejor del amor, El Himno del Cucumelo, Yerba Buena, entre outros.

Os amigos argentinos juram que, além de Gilda, Rodrigo é santo e milagreiro. Para invocar a proteção de Santo Rodrigo del Potro Cuartetero basta cantar junto:

El amor sobre toda la diferencia social
Dentro del calendario cada día se va
A pesar de las dudas y del que dirán
El amor puede más, puede más!

A canção 8 40 do Rodrigo conta a história de uma menina rica que se apaixona por um pobretão arrogante que faz com que ela o sustente. Uma das minhas preferidas. Ou vai me dizer que o amor não vence tudo?



Na foto, Rodrigo encarna El Potro, no quadro Macho Bus, do programa de sábado a noite na Telefé Argentina Sábado Bus, um tipo de Pizza do Faustão, com um pouco de bom gosto. Sempre um convidado vira el macho bus, uma produção caprichada, um fetiche e fotos. A mulherada adora!

19 de febrero de 2006

Santo Vinícius Infinito enquanto dure de Moraes

Santo Vinicius, dois cigarrinhos e São Jobim

Um dos canditatos mais fortes a santo-pop brazuca é Vinicius de Moraes.

Poeta, compositor, amigo de todos os nomes importantes da MPB, sambista, fez os poemas mais lindos sobre o amor, apreciava um whisky e um cigarro em tempos em que não se precisava ser politicamente correto. Declarava-se o branco mais negro do Brasil. Parceiro de Antônio Carlos Jobim, juntos compuseram Garota de Ipanema – uma das canções mais executadas no mundo todo até hoje e que tem inúmeras versões. Ainda, fez poesias para crianças, que viraram especiais para a TV - A Arca de Noé.

Razões suficientes para a sua canonização.

Para receber essas três bênçãos de Santo Vinícius do Copo Cheio de Moraes basta clicar aqui que serás atendido por duas mensageiras devotas do Santo (Maria Bethânia e Adriana Calcanhoto).

Soneto do amor total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

O que tinha de ser


Porque foste na vida
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher

Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser

Eu sei que vou te amar

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar

E em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que eu vou te amar
E cada verso meu será pra te

Dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar,
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer

A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida.

18 de febrero de 2006

Nunca houve uma mulher como Gilda

A vizinha Argentina já tem ao menos três santos milagreiros. O Brasil nenhum, por enquanto. Inveja!

A primeira santa argentina que eu tomei conhecimento foi Gilda – a Santa Bailantera. Gilda nasceu Mirian Alejandra Bianchini e morreu em um trágico acidente automobilístico, em setembro de 1997.

Ainda quando se chamava Mirian, Gilda era professora do jardim de infância e estudou educação física, casada e com dois filhos. Aos 29 anos, separada do marido foi em busca da carreira como cantora atendendo a um anúncio que buscava cantoras para uma banda. Conheceu seu futuro segundo marido, Toti Giménez (não, ele não nada com a Luciana). Assm, nasceu Gilda - uma diva total.

Sua carreira como diva da bailanta, a movida tropical, foi consagrada com sucessos como Fuiste, No me arrepiento deste amor (Amar es un milagro y yo te amé Después de cerrar la puerta Nuestra cama espera abierta La locura apacionada del amor) e Corazón Valiente.

Após sua morte, muitos de seus fãs creditam milagres, curas e graças alcançadas por intermédio da Santa Bailantera. Nas bancas de revistas de Buenos Aires tem um livro contando a vida e os milagres de Gilda, me arrependo de não ter comprado.

Para invocar a proteção de Gilda ore com fé e dance na movida tropical ao som de Corazón Valiente.

Desde el primer día supe que te amaba,
Y llora en secreto mi alma enamorada,
Tu amor vagabundo no me da respiro,
Por que se que nunca, nunca serás mío.

Bebí tu veneno y caí en la trampa,
Dicen que lo tuyo no es mas que un azar,
Que para mi tienes solo sufrimiento
Que voy a caer en lo profundo del infierno.

Y no me importa nada por que no quiero nada,
Tan solo quiero sentir lo que pide el corazón
Y no me importa nada, por que no quiero nada
Y aprenderé como duele el alma con un adiós.

Por que tengo el corazón valiente,
Voy a quererte, voy a quererte
Por que tengo el corazón valiente,
Prefiero amarte después perderte

Santo Pop Link-O-rama

Muitos artistas são cultuados quando fazem a Viagem para o outro plano. Elvis Presley, Jim Morrisson, John Lennon, Elis Regina, só para mencionar alguns. Entretanto, poucos tem a capacidade de virar santos milagreiros.

Eu já ensinei aqui algumas preces para os santos em que tenho fé. Nem todos estão mortos.

Santa Bette Davis dos Olhos Arregalados e Santa Joan Crawford das Sobrancelhas Grossas.

São Francisco Buarque de Hollanda.

Santa Olivia N-J de Xanadu.

Santo 80s, Santos PSB e Santo Armário.

São Sebastião e mais São Sebastião.

O calexiCO. postou uma prece para a Nossa Senhora do fim de semana.

Reze, mas reze com força, que seus pedidos se realizarão. Have faith!

Sincretismo Pop-Sertanejo

brothers in arms - Santo Milagreiro ou apenas um ídolo do povo?

Ontem eu vi na televisão (aqui tem uma nota de O Fuxico) que o Leandro, da dupla sertaneja Leandro e Leonardo, está fazendo milagres. Leandro, morto em 1998, vítima de câncer, tem atraído romeiros para a cidade de Trindade, em Goiás.

Essa tal cidade é milagreira, agora mostra pertences de Leandro em uma redoma de vidro – antes havia objetos de Ayrton Senna da Silva.

Vocês acreditam que estrelas do mundo pop possam virar santos?

Leandro é milagreiro?

Ayrton Senna da Silva é menos santo que Leandro?

O Papa canonizaria Leandro ou Senna? Os dois? Nenhum?


A tintura acaju-fox do Leonardo danifica o cérebro?

Perguntas que deixam a comunidade religiosa, sertaneja e automobilística perplexa... Dê a sua opinião.

Estaremos postando uma série sobre os santos pops. Aguardem.

17 de febrero de 2006

The first time ever I saw your face

Mais duas versões:

Peter, Paul & Mary - uma coisa country de outro planeta.

Marcia Griffiths - uma coisa reggae.

Tem pra todos os gostos.

15 de febrero de 2006

Ella ou Billie, Billie ou Ella?

Eu aprendi muito nos últimos quatro anos (assim espero). Uma das coisas que aprendi é que as coisas não são absolutas, nem devem ser. O gosto pessoal não se limita a simples escolha: Internacional ou Grêmio?

Para que escolher se a gente pode ter muito mais prazer nas duas coisas. Por exemplo, as batalhas na música sempre são entre Porter ou Gershwin (os dois); Caetano ou Chico (os dois têm coisas maravilhosas), Rolling Stones ou Beatles (os dois, embora prefira Los Beatles); Britney ou Christina (nenhuma); Axé ou Pagode (muito menos), a loira ou a morena do Tchan (chuta que é Macumba)... As escolhas podem ser infinitas, a Ana Carolina, só para dar outro exemplo, não escolheu apenas se declarou BI.

Eu sempre fui do time da Billie Holiday (drogada e louca) e sempre detestei a Ella Fitzgerald (doce, muito doce – gorda, mesmo – e afinadíssima).

Tem aquela velha história: quando a Billie canta, de George Gershwin e DuBose Heyward, My man's gone now o macho deu-lhe uma surra e foi para nunca mais voltar, quando a Ella canta a mesma canção o cara foi na padaria comprar mais açúcar (bolo, torta) para ella.

Até que um dia, antes de eu ir para Rio Grande em 2003, ganhei uma coletânea da Ella Fitzgerald. Nunca mais parei de escutar... I've got you under my skin.

Agora sou do time Billie-Ella encontram a Nina e a Dinah no time de melhores cantoras que estão no céu. Como diria Cole Porter: You're the Top.

Tem algumas cantoras (poucos cantores) que quando a gente escuta (principalmente sozinho) vão preenchendo os pequenos espaços no ar. Ainda mais se é em um dia lindo de sol como o que fez hoje ou ainda quando dá pra ver a lua cheia na sala de casa pela janela, como agora. Ella é uma dessas cantoras que tem o dom de preencher os espaços a minha volta. Agora estou bem aconchegado.

A propósito, o meu amigo Alê – freqüentador assíduo deste humilde blog – vai para Paris, não é Paris - Texas é Paris – França – Europa (o continente), muito chique. I love Paris.

Mesmo não cantando em francês, como a Nina Simone mais ou menos cantava, acho que Ella combina com o clima da viagem, então assim que eu conseguir fazer o upload, você também poderá baixar aqui o lado A e aqui o lado B do A highly satisfying samples of classic stereophonic jazz audio - Ella Foreva and don’t you dare say no.

Peço permissão para o compilador. Posso?

14 de febrero de 2006

En el fondo del The Best

Está acontecendo o II Festival de Cinema Internacional de Porto Alegre até quinta. Reservei uns trocados e umas horas para ver dois filmes argentinos. Hoje fui ver o primeiro: El fondo del mar (O fundo do mar).

O filme conta a história de um jovem casal em crise por causa da possessão dele sobre ela. Ao chegar à sua casa mais cedo que o esperado, ele encontra um sapato (que não é seu) ao lado da cama, logo uma mão que puxa o sapato para de baixo da cama. Daí acontece uma longa noite de perseguição ao suposto amante de sua namorada.

O fundo do mar é muito bem feito, a fotografia é ótima (Buenos Aires ajuda), os atores são excelentes (não gostei muito do amante, mas depois quando a gente descobre a profissão dele muito se explica). Entretanto não me identifiquei com o filme – essa coisa de ciúmes doentios não é muito a minha praia.

Confesso que já foi, mas eu tinha 19 anos. Não sei se é justificativa.

Lá pelo fim do filme o protagonista, Ezequiel, encontra uma moça na praia e o diálogo é mais ou menos assim:

Ezequiel – Quantos anos tens?
Moça – Tenho 20
E – muito nova, muito nova (murmurando).
M – Nova? Quantos anos tu tens?
E – Tenho 26, mas sou muito imaturo.


Os dois se afastam. Ezequiel tem que conhecer o fundo do mar (que dá nome ao filme).

Não sei se em todos os casos é questão de maturidade, mas essa parece ser a proposta do filme. Ele vai crescer e deixar de ficar obcecado por Ana e o que ela está fazendo nesse exato momento.

O filme sugere que o Ezequiel é muito obcecado, não só pela Ana.

Na volta, ouvi sem querer a Tina Turner cantando:

Speak a language of love like you know what it means
And it can't be wrong
Take my heart and make it strong baby

You're simply the best, better than all the rest
Better than anyone, anyone I've ever met

Não é tão lindo quanto o filme, mas me disse muito mais.

13 de febrero de 2006

We belong to each other

Eu sei que ela é odiosa, brega, histérica, chata, irritante e tudo mais que vocês quiserem, mas tem umas coisas que eu gosto.

Ontem dei uma passada nas Americanas e comprei o VCD do #1s da Mariah Carey, por apenas 9,90 dinheiros. Eu gosto dos vídeos de Heartbreaker, Honey e Fantasy. Não sabia que a qualidade da imagem do VCD comprado pronto era tão ruim.

Ainda sobre a Independência da Mimi:

Geralmente os remixes da Mariah são bons. As versões do David Morales para Shake it off e It’s like that são para rachar a pista.

E os remixes de We belong together também são ótimos (atlantic soul radio edit). Põe bem alto e canta junto – te solta!

Gosto especialmente dessa parte da letra, sei bem o que é isso aí:

[Pre-Chorus 1]
The feeling that I’m feeling
Now that I don’t hear your voice
Or have your touch and kiss your lips
Cause I don’t have a choice
Oh what I wouldn’t give
To have you lying by my side
Right here cause baby


[Chorus 1]
When you left I lost a part of me
It’s still so hard to believe
Come back baby please cause
We belong together

...

11 de febrero de 2006

A segunda vez

Miss Flack declara: Ele me deixou chupando o dedo. Infeliz!!!


O senhor cafeína mandou a versão da Alison Moyet para The first time ever I saw your face. Como sempre muito thank you, moço do café.

A Alison Moyet é aquela que cantava no primeiro duo pós-Depeche Mode pré-Erasure do Vince Clark - Yazoo.


As três versões são bem pessoais. Cada uma das versões pode ser entendida de forma distinta e cada um faz a sua interpretação. A minha é essa:

A da Roberta é para o cara com quem ela perdeu a virgindade.

A do Jorge Miguel é para o namorado brasileiro que morreu vítima da SIDA.

A da Alison deve ser para uma namorada mística, iniciada nas artes ocultas da Enya e leitora de baralho celta. Os anjos da minha cabala não batem com as runas do horóscopo chinês da Lorenna.

Para ter a primeira, a segunda e a terceira, baixe aqui e bom sábado.

10 de febrero de 2006

A primeira vez


George Michael em seu álbum Songs from the last century cantou lindamente uma pérola de Roberta Flack: The first time ever I saw your face. Com certeza ele deveria estar pensando em alguém muito especial, assim como eu enquanto escuto.

Confira a letra (e quem sabe pense em primeiras vezes...):


The first time ever I saw your face
I thought the sun rose in your eyes
And the moon and stars were the gifts you gave
To the dark and the empty skies, my love,
To the dark and the empty skies.


The first time ever I kissed your mouth
And felt your heart beat close to mine
Like the trembling heart of a captive bird
That was there at my command, my love
That was there at my command.


And the first time ever I lay with you
I felt your heart so close to mine
And I knew our joy would fill the earth
And last till the end of time my love
It would last till the end of time my love

The first time ever I saw your face, your face, your face

Se alguém precisar urgente da música é só deixar o email, que eu mando.

9 de febrero de 2006

uma foto vale mais que mil pictures

I've heard it all before...

Quer ver? Não se desculpe.

Baixe aqui.

Quer ter a apresentação do Grammy, Granny?

Baixe aqui.

Manga de mim, manga.


Se sofrer por amar é brega
Se o amor é brega
Se cantar junto é brega
Se o amor tem gosto de manga madura

Então, para celebrar a breguicidade total

Lançamos um Ep com 6 faixas, que falam de amor, entrega, sexo, duplo sentido, aventuras, exigências, dor, sofrimento, dor de corno e muitas outras coisas.

Confira o tracklist:

1. Pra ser só minha mulher – Roberto Carlos

O Rei é insubstituível no falar de amor e aqui arrebenta com uma versão de uma ode ao amor de Ronnie Von.

2. Sonho de Ícaro – Biafra

Bee das antigas – por onde andará? – Voar, voar, subir, subir...

3. Sodoma e Gomorra – Erasmo Carlos

Ainda pouco inchado o Tremendão em seu álbum de black music já comentado aqui.

4. Leão ferido – BEE-Afe

Mais uma do Biafra, essa todo mundo com mais de trinta ouviu nas tardes de rádio.

5. Pra ser só minha mulher – Otto

A mesma declaração de amor, só que feita para a sua mulher na vida real – Alessandra Negrini – que faz uma prosti no vídeo. Eu gosto muito do Otto.

6. Nessa encarnação eu nasci manga – Frenéticas

Para se acabar no carnaval, duplo sentido fortíssimo, joga a serpentina, o confete e se atira: se você quer me comer eu dou, eu dou, eu dou, eu dou um pedacinho pra você.

Baixe aqui.

8 de febrero de 2006

RE-Inventing a Confession Tour


Está se preparando para ver o vídeo de Sorry, inspirado no filme Xanadu?

Já comprou a pipoca para ver a Madge no Grammy?

Está louco pelo dêvedê da turnê da Reinvenção?

Então, lá no MadonnaSanctuary têm os vídeos de Burning Up e de Die Another Day como eles sairão no DVD oficial.

(É só clicar no linque pra ver ou clicar com o botão direito do mouse e salvar destino como e bom download.)

Quer mais? Entra no MadonnaMedia.

7 de febrero de 2006

Link-Link-Lé

Estou tentando arrumar os linques do Al Borde.

Como diria a colega: I'm sorry.

Dividi em dois arquivos:

Lado A

Lado B

Tô ficando atoladinha, Tô ficando abandonadinha!


Abandonada por você, tenho tentado te esquecer
No fim da tarde uma paixão
No fim da noite uma ilusão
No fim de tudo a solidão

Apaixonada por você, tenho tentado não sofrer
Lendo antigas poesias, indo em novas companhias
Chorando por você
Mas você não vem, me leva com você
Toda essa saudade, nem sei mais de mim
Onde vou assim, fugindo da verdade?

Abandonada por você, apaixonada por você
Em outro porto, ou outro cais
Sobrevivendo aos temporais
Essa paixão ainda me guia

Abandonada por você, apaixonada por você
Eu vejo ventos te levar, mas teve estrelas pra sonhar
E ainda te espero todo o dia

Abandonada (Michael Sullivan e Paulo Sérgio Valle), do disco Pássaro Sonhador, de 1996.

6 de febrero de 2006

Canciones al borde

O meu amigo da cafeína postou duas preciosidades: Brega Hits I e II. As minhas coletâneas de Brega se chamam Al Borde – por causa do filme do Almodóvar – Mujeres al borde de un ataque de nervios.

Bueno, ouvindo as coletâneas do Alex me empolguei e resolvi lançar a minha, que na verdade pode ser um complemento – Brega Hits III. Escolhi as canções que eu mais gosto e que não estavam nos dois cds já lançados.

O Lado A é para refletir, dançar de rosto colado, chorar no cantinho ou amar. O Lado B é para se jogar na pista da sala ou do quarto.



A Capa

Vejamos as escolhidas:

1. Vício é fatal – Rosana

A versão em português da versão da Tina Turner para Let’s stay together. Dramática!

2. Eu amo amar você – Giliard & Harmony Cats

Nem sei o que dizer, talvez inacreditável baste.

3. Sem você não viverei – Ovelha

Versão de uma música chamada More than I can say, que eu adorava quando era pequeno.

4. Sou Rebelde – Lílian

Canção tema de muitas adolescentes. Eu também sou rebelde porque o mundo quis assim.

5. Meu Mel - Marquinhos Moura

A Globo tentou lançar essa minhoca como a nova Elis Regina. Será que deu certo?

6. Abandonada - Fafá de Belém

Meu tema do dia de hoje.

7. Qualquer jeito – Kátia

Tem uma das frases mais enigmáticas do cancioneiro popular: já faz tanto tempo que eu não sou o que nem cheguei a ser.

8. Volte, Amor - Vanusa e Antônio Marcos

Ainda casados, fazendo uma versão básica de Torneró.

9. Lembranças – Kátia

Quem não lembra no Globo de Ouro, levada até o microfone, de óculos e com direito a coreografia? A afilhada do Rei é tudo.

10. Caça e Caçador- Fábio Jr.

Simplesmente adoro! Sexy e profunda ao mesmo tempo. Fábio também é rei (eu escrevi REI).

11. Amor de Cigana - Perla

Além da letra, o destaque vai para a pausa com palminhas.

12. Pagã - Tânia Alves

Uma mela cueca com poções mágicas.

13. Pare de tomar a pílula - Odair José

Odair José é o Bob Dylan Brazuca. Censurado pela ditadura militar por incentivar o descontrole de natalidade.

14. Vista a roupa, meu bem - Roberto Carlos

O Rei em canção estranha e de duplo sentido de seu LP de 1970.

15. Festa dos insetos – Giliard

Eu lembro das apresentações no Show da Xuxa.

16. Margarida Felicidade - Harmony Cats

Ama, não ama, me ama... Oh, dúvida cruel!

17. Kitsch Zona Sul - Ronaldo Resedá

No clipe do Fantástico ele saia do banho, se vestia e dançava na rua (um cenário tosco). Anos depois morreu de SIDA.

18. Elas por Elas - The Fevers

A letra é um livro de auto-ajuda ainda mais fácil e rápido de ler. Acredite na onda discoteque dos The Fevers: Tudo na vida passa, Tudo no mundo cresce, Nada é igual a nada, não.

19. Grilo na cuca - Dudu França

Dudu França One Hit Wonder forte! Sei lá quem é, mas ele se apresentava no Chacrinha.

20. Marrom Glacê - Ronaldo Resedá

Mais uma do bailarino cantor. Acho chique!

21. Transas e Caretas - Trio Los Angeles

O trio de modelos precursores do É o Tcham! e outras coisas arrasa na abertura de novela em tom futurista.

22. Estrela Amiga - Harmony Cats

Mais uma das Cats: Ah estrela amiga, por favor, me atenda e diga que ele vai voltar ah ah ah.

23. Pertinho de você – Elisângela

Confesso que a Elisângela foi uma das minhas primeiras paixões. Eu tenho o compacto de Pertinho de você.

Saldos e Pontas do feriadão de Iemanjá

Saldos:

- vi a Cláudia, a Gláucia, o Léo, o Max e o Marcelo;

- fui à praia e tomei banho de mar;

- tentei me livrar de certos preconceitos: churrasquinho a beira mar e cervejota;

- aproveitei as comemorações do dia de Iemanjá (Nossa Senhora dos Navegantes) para bater um papo com ela – sempre é bom agradecer;

- fiz um passeio de barco pela Lagoa dos Patos (Saco do Medanha) com a família e os amigos de Mamãe;

- os chatos, cínicos e exibidos não foram no passeio;

- tomei banho no meio da lagoa e a água é limpa - eu nunca tinha nem imaginado nenhuma das duas possibilidades ;

- consegui não engordar, ainda comi um bauru de filé dilissssah;

- comprei uma camiseta com uma foto da estátua de Iemanjá por 10 dinheiros no Supermercado Guanabara (o único lugar com ar condicionado em todo o Cassino);

- a lavanderia devolveu minha bermuda.


Pontas:

- não falei com alguns amigos;

- não agüento interrogatórios maldosos;

- não suporto a frivolidade de algumas das amigas da minha mãe, parecem adolescentes no cio;

- simplesmente tenho nojo do preconceito exibido, idolatrado e aplaudido;

- me senti leiloado (minha mãe e uma amiga dela me ofertaram baratinho para um clone malhado do Fito Paez – Como assim?);

- muitos me disseram que eu estou gordo (me pergunta quantos quilos eu engordei, que eu pergunto quantos livros leste no ano passado?);

- perdi meus óculos na praia e para ver alguma coisa no sol eu comprei um óculos de 15 pilas bem bacana;

- fui atendido por gente grossa em quase todos os lugares;

- não dormi direito: colchão velho, travesseiro baixo, calor, mosquitos (a minha mãe é contra ventilador e sente alergia das pastilhas de afastar mosquito);

- Sebastião, o gato, ainda está brabo comigo (estou tentando comprar o amor dele com Whiskas Sachê – a gente repete certos comportamentos de nossos pais, não é mesmo?);

- meus crisântemos, que eu trouxe do outro apartamento, morreram junto com alguns cravos de defunto dobrado por pura falta d’água;

- tenho que arrumar a casa e lavar roupa cheia de areia.

Para ser lido ouvindo Unicamente, na voz de Deborah Blando:

Raiou o sol
Olha o sol que alegria
Sentir você é viver em harmonia
Eu vou buscar
Pedras brancas pra te dar
Linda sereia
Odoiá Iemanja

1 de febrero de 2006

Fat Actress, my ass! Malháryah is Huge!!!


João, amigo no Planalto Central, me mandou esse DVD. Um show de peso! Destaque para o Bis: Always be my Bagel e Anytime you need a Flan. Adoro Creamlover, simplesmente deee-licious!

Mais maldade e fofoca aqui.

De calças na mão

Mais sinais.

Na roupa que veio da lavanderia em vez de uma bermuda velha e amada veio um shortinho. Fui lá devolver e tentar resgatar minha bermudinha. Claro que ela não estava lá.

Devolvi o shortinho azul e amarelo. Parece que a dona já tinha ido lá furiosa buscar sua peça.

Lembrei tanto da Missy Eli-Ette. (Para ser lido pelo Rafa ou pelo Rapha imitando a Missy Eli-Ette)

No verão, eu vou para o Cassino de shortinho. Lisa. Agora sem o gato. O gato me trocou por outra. O Rafa é meu amigo, mas não usa shortinho.

O que será que o feriadão de Iemanjá vai me proporcionar?

Pena que eu não sou tão bom em ler sinais.




Madonna de shortinhos no Girlie Show, 1993.

Christmas time - 1979

Acabei de receber um email de mamãe com umas fotos do natal de 1979, na casa da Selma e do Iracildo.

Será que é alguma mensagem divina? Devemos ler os sinais? Seria eu feliz? O que eu ganhei naquele natal? Mudei muito?

São tantas dúvidas. Confira as fotos. Note os vermelhos e amarelos nas roupas.

Apito, tia Selma, meu Pai de Papai Noel, a vó do apio, Mamãe, Sônia e eu sentadinho.

Alessandro Apito, eu super fofo, papai Carlos Noel, Kika e Rosana com uma boneca.