8 de enero de 2005

Mentiras do tipo Lies Light



Outro dia meu amigo Calexi-CO publicou uma reflexão coletânea sobre as tais mentiras piadosas ou benévolas.

Como continuo lendo o Quem é John Galt? da Ayn Rand e hoje cheguei na página 663 (há um post previo sobre o livro e a autora). A história está cada vez melhor. O seguinte trecho é uma declaração de um dos três homens da vida da mocinha Dagny Taggart. Vejamos o que Rand pôs na boca de Hank Rearden:

"Foi eu quem manteve escondido o nosso amor como se fosse um segredo vergonhoso: eles simplesmente o consideram como aquilo que eu o considerava. Fui eu quem se dispôs a falsear a realidade para manter as aparências para eles: eles simplesmente aproveitaram o direito que eu lhes concedi. As pessoas acham que o mentiroso triunfa sobre as suas vítimas. O que aprendi é que uma mentira é um ato de auto-abdicação, porque quem mente entrega a sua realidade à pessoa para quem se dirige a mentira, tornando-se servo daquela pessoa, ficando condenado dali em diante a falsear a realidade tal qual ela existe. E ainda que consiga atingir o objetivo imediato visado pela mentira, o preço que se paga é a destruição daquilo que se visava obter. O homem que mente para o mundo é escravo do mundo dali em diante. Quando opto por esconder meu amor por você, negá-lo publicamente e vivê-lo como uma mentira, torno-o propriedade pública - e o público acaba de estabelecer sua posse da maneira mais adequada. Eu não tinha como evitar que isso acontecesse, não tinha poder para salvá-la.
...
Mas não existem mentiras benévolas, só existe destruição, e as menirinhas benévolas são as mais destruidoras de todas."

1 comentario:

Alex dijo...

Pois é.

Piadosas, pero no mucho!

Abração!

P.S. Quando vens a Floripa? Estão convidadíssimos, viu?