31 de mayo de 2005

Deano in a box



Há quatro anos eu comprei a caixa com todos os filmes do James Dean em VHS. A Leste do Édem, Juventude Transviada, Assim Caminha a Humanidade (dirigido pelo Lulu Santos - ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro), e mais um documentário. Então, para minha desgraça hoje saiu a caixa com os DVS. Que ódio! Vou esperar uns 70 anos e a minha caixa vai ser valiosa, talvez uns 170 anos, quem sabe.

Dessa coisas que a gente não pode perder



Hoje era o último dia de um ciclo de filmes italianos no Santander Cultural, de grátis sem pagar nada. O Marcelo e o André me convidaram para ir ver Não tenho medo. O filme é maravilhoso, tocante, e com uma fotografia bela. Quem ainda não viu, pague os 5 pilas da locação.

30 de mayo de 2005

FestRita



Meu post sobre o show da tia Rita em Porto Alegre me fez conhecer a Karla, uma fanática leenática muito mais ática que eu. Além do fotolog linkado, ela tem outros sobre Rita e a família Lee, e mais um blog da Karla . Que menina mais internética! Valeu Karla - abraços do frio do sul.

Bem, a coisa é que fiquei com vergonha. Então, vasculhei o submarino e comprei alguns cds que me faltavam para a discografia da Rita. O estranho Refestança, com o Ministro Giló, gravado ao vivo; O Pedro e o Lobo, o incrível é que o David Bowie também gravou a mesma estória. Todos queremos ser Bowie, não é Rita?; O 3001, que sempre achei que era chato, até que é bem legal; O Technicolor, o legendário álbum gravado em Paris pelos Mutantes, relançado pelo Sean Ono Lennon (o sobrenome diz tudo); O Balacobaco, que por mais que os críticos tenham odiado, eu gostei.



Se a música brasileira tivesse uma cantora decente que gravasse música eletrônica, ela regravaria A Fulana - faixa 2 do Balacobaco. Entretanto, só temos aquela chata gaúcha do Tô Nem Aí, que não está mais aqui, nem lá, em nenhum lugar.

De resto, ainda me falta o Flerte Fatal e o disco da piscina de plático, claro que não tenho as faixas raras. O show em POA terminou com uma gravação ao vivo da Rita e a Bebel Gilberto cantando Baby. Maravilhosa! Não achei para baixar. Que ódio!

arrumei os comentários

eu acho...

28 de mayo de 2005

In the Dress for love


Eu só estou aqui para contrastar com aquele cor-de-rosa fora de foco lá do fundo

Só ontem vi o Amor à Flor da pele (In the mood for love), do Wong Kar-wai, o mesmo de Buenos Aires Affair (Felizes Juntos). Dizer que a história é triste, angustiante, que os diálogos são quase inexistentes, que a fotografia é perfeita, que o Amélie Poulain copiou todo o esquema de cores daqui, é chover no molhado. A iluminação é estilizada e claustrofóbica, como uma propaganda de cigarros com bronquite.


Sinto-me um banheiro velho com esta roupa

O tipo de vestido -- china dress, em inglês, e cheongsam, em chinês - que Maggie Cheung (tão bonita, elegante e graciosa que tira o fôlego) usa no filme são a representação da mulher chinesa -- ao mesmo tempo sensual e recatada. Os vestidos são usados como uma metáfora para a repressão sexual dos anos 60: as golas altíssimas sufocam a mulher. A prórpria atriz, Maggie Cheung, declarou que a princípio se sentia com os movimentos tolhidos, incapaz de atuar livremente. Como o filme demorou muito para ser feito e a história muda de rumo várias vezes antes da versão final, Cheung apenas vestia-se e a personagem imediatamente se manifestava. Hitchcock usava da mesma técnica, com seus tailleurs cinza, tornando suas personagens angustiadas, tolhidas, enjauladas.

A cada cena esperamos ansiosamente qual a padronagem que a Senhora Chan usará. Alguns vestidos contrastam com o cenário, outros combinam perfeitamente. Talvez o mais incrível seja um branco, um pouco transparente, com pequenos poás também brancos, que a protagonista usa quando a senhora que lhe aluga o quarto lhe diz que ela sossegue o facho e pare se dar voltas por aí -- momento em que sua vida paralela fica transparente como o seu vestido (e nós, espectadores, sentimo-nos tão nus quanto a personagem).


Tony Leung, também protagonista de Felizes Juntos

Tony Leung foi considerado melhor ator em Cannes, no ano de 2000, por este filme. Não é para menos. Ele está ainda melhor, mais atormentado, com mais culpa, que em Happy Together.

Altamente recomendado.

27 de mayo de 2005

These precious days I'll spend with you



Preciso dizer que o show da Ute Lemper foi maravilhoso? Não. Mas mesmo assim posso comentar algumas coisas.

No show, Ute contou histórias da Europa e viajou por cidades (Berlim, Amsterdã, Paris, Buenos Aires, Jerusalém). Impecável. O bis foi Ne me quitte pas, seguido de September Song, que eu adoro. Faltou Speak Low e Mein Herr ou All that Jazz. Entretanto, a própria declarou que não combinava com o clima da apresentação.

A platéia foi outro show: silenciosa, respeitosa, entendia (ou parecia entender) as histórias contadas em inglês e as insinuações em francês. A platéia foi formada por um misto de celebridades locais e internéticas, atinados e fashions, políticos com suas esposas cantoras, atores e jornalistas, e, até mesmo, muitos riograndinos -- um luxo.

25 de mayo de 2005

Ute me espera



Os amigos (Mãe, Mana, Cunhado, Leila, Eduardo, Marcelo e André) que vão comigo ao show da Ute Lemper hoje, no Teatro São Pedro, ganharão esse mimo: uma coletânea dos melhores momentos da diva, na minha modesta opinião.

Há duas versões de Speak Low, uma do disco Ute Lemper sings Kurt Weill, e outra do But One Day... A versão do songbook do Kurt Weill é bem melhor. Ne me quitte pas aparece primeiro em francês, e depois em inglês (If you go away), enviada pelo Calexico. Basicamente, estão compilados: All that Jazz - The Best of e But One Day..., com algumas faixas de Ilusions e sings Kurt Weill.

Confira as faixas:

24 de mayo de 2005

Finalmente o volume 2



O segundo volume da coleção Dolby Zeitgest. Veja aqui a primeira edição, não revista.

Mais uma vez, deu um trabalhão. As faixas estão todas editadas. Aguardem o desfecho dessa trilogia.

1. Destroy Rock And Roll 4:00 Mylo
2. Technologic 4:42 Daft Punk
3. Nifuku Hoshi 3:32 Halcali
4. Ooh I Like It 3:40 W.I.T.
5. 1982 3:52 Miss Kittin & The Hacker
6. Moscow Discow 4:14 Telex
7. Eurovision 0:38 Telex
8. Desktop (Erobique Remix) 6:00 Mina
9. Me Plus One 3:34 Annie
10. Heartbeat 3:19 Tahiti 80
11. Music Is Music 0:07 Smooth Ace
12. The Soundtrack Of Life (FPM Remix) 4:03 The Gentle People
13. Sometime Samurai 3:54 Towa Tei
14. Disco Infiltrator 4:52 LCD Soundsystem
15. Twilight (DIY Mix) 4:58 Denki Groove X Scha Dara Parr
16. Asian Girls 3:03 Putsch 79
17. Ein Abend In Wien 3:55 Arling & Cameron
18. Xanadu 4:06 Elektel
19. NEXUS-2060 0:20 Capsule
20. Daft Punk Is Playing at My House 5:11 LCD Soundsystem
21. Gonna Get U 3:23 Elektrissimo
TV (extended) 4:18 Elektric Music

23 de mayo de 2005

New Joy of Happy Orderly Mondays



Em vez de ir para o show do Ritchie, vi o Twenty Four Hour Party People. Ótima pedida, com o frio que estava fazendo, só mesmo 3Vs: vinho, vendo vídeo.

O filme conta a história da música de Manchester durante os anos 1980. Se você quer saber tudo sobre Tony Wilson, o homem por trás da Factory, do Hacienda e de grupos como o Joy Division, o New Order, e o Happy Mondays, veja o filme. A única banda mancuniana que escapou de Wilson foi The Smiths.

A história toda começa com um show dos Sex Pistols em Manchester, onde somente estavam 42 pessoas, algumas delas chaves para entender o pós-punk inglês. Dentre as pessoas que mudaram a sua vida depois de ver os Sex Pistols estava um rapazote ruivo chamado Mick Hucknall (vale conferir o link). Sim, ele estava lá. Além da gente entender a cena, os grupos, a coisa toda, o filme é engraçado, muito bem filmado e tem sacadas ótimas, como os monólogos diretos de Tony Wilson para o espectador.

O filme não foi lançado no Brasil. Tentei baixar da mula, mas é quase imposível entender alguma coisa, por causa do sotaque fortíssimo. Hoje vi que tem as legendas em espanhol, vale tentar. Eu vi essa edição inglesa, com horas de extras. Graças a amigos do jet set. Alguém perguntou se copiei? A resposta é óbvia: diga não à pirataria.



A trilha sonora é um outro evento. Vale ver o filme somente para ver-ouvir as canções, todas em gravações originais, e imagens que mesclam os atores e os músicos verdadeiros. Incrível!

Confira o conteúdo da festa:

22 de mayo de 2005

A arte está morta, eu estou aqui pelo dinheiro



Ainda estou sob a influência das boas vibrações do show da Tia Rita. O show é quase o mesmo que passou na MTV, virou CD e DVD. Só que, ao vivo, achei a animação bem diferente. As duas músicas que eu achava bem mais ou menos no CD, Ando Jururu e Eu quero ser sedado, são divertidíssimas ao vivo.

A primeira constatação é que a MTV deixa tudo chato, igual, pastel. Logo, me dou conta que minha ídola estava a poucos metros de distância. Êxtase total!

O show todo é bastante rock -- até mesmo as baladas soam rock 'n' roll. A maioria das músicas foi ligeiramente mais curta, sem o repeteco todo.

Muitas outras músicas foram acrescentadas aos pouco mais de 50 minutos do ao vivo MTV: Doce Vampiro, Balada do Louco, Lança Perfume... no final, a uma hora mal pesada do CD transforma-se em 2 horas de show.

As participações especiais foram um show à parte. Zélia Duncan cantou Pagu e Jardins da Babilônia. Wanderléa cantou Menino Bonito, com direito a selinho no fim. Zélia entra de padre e começa a cerimônia de casamento, que Wanderléa quer impedir. Rita e Zélia fazem o coro de Pare o Casamento. A última canção, Lança Perfume, é cantada pelo trio, com ajuda de todos nós. Alegria total!


Momento bitoca no maridão

Pontos fracos: o foco de luz que muitas vezes era: "onde está Rita Lee?", e a platéia, receptiva, mas pouco animada (tivemos que ficar sentados até o bis). A classe média porto-alegrense não dança, não se solta, fica sentada batendo o pé. O cenário é sem graça, mas quem se importa. Não tem trocas de roupa, loucurinhas como os shows anteriores, o show é focado na música.

Comentários da platéia: "Como ela é louca, né?!"," "O Roberto é gostoso, parrudo, com bração!", "Sogrinha!", "Rainha da terceira idade!", e muitos "Maravilhosa!". Uma inconveniente disse "Ainda viva nessa idade?", ao que Rita respondeu, "Eu nunca fui um bom exemplo, mas pelo menos sirvo de aviso."

Momento Futebol: Rita entra com uma camiseta do Internacional, que diz: Primeira Divisão. Canta Desculpe o Auê, e oferece a música para o Grêmio. Depois, joga a camiseta para a platéia.

Momento fofoca: uma fã pergunta sobre a Xuxa, que estava com o sua tour O Circo, em Porto Alegre. Rita responde que ela está bem, está namorando, um bailarino, um paquito, ela acha, mas não tem certeza, pode ser a Ivete Sangalo, ela não sabe bem a diferença.

Cigarro: Rita parou de fumar e a voz voltou. A voz veio para POA, mesmo resfriada. Buuuh, para vocês que disseram: "é dublado, ela não canta mais". A tia velha de guerra canta muito, sim.

No fim, TUDO VIRA BOSTA!

Domingo Kid Abelha


Maio já está no final
é hora de se mover
para viver mil vezes mais
esqueça os meses, esqueça os seus finais



Amanhã é 23,
são mais 8 dias para o fim do mês

Uma abordagem socio-psico-temporal da cultura pop kidabelhiana, sob o prisma do multiculturalismo neo modernista em Heidegger.

20 de mayo de 2005

Balonê com Ritchie


Ritchie - O Menino Veneno

A pedida para dançar após o show da tia Rita é ir celebrar os anos 80 na Festa Balonê, já tradicional da noite de Porto Alegre. A edição de sábado conta com a presença veneno de Ritchie, veja no site dele o flyer e o comentário do próprio Ritchie.


Ritchie - o original

18 de mayo de 2005

Baila Comigo como se baila na tribo


Foto para a capa do Rita Lee, 1980 (aka Lança Perfume)

Um especial de fim de ano da Globo marcou a minha vida para sempre. No fim do ano de 1980, eu vi o show da Rita Lee (o carro-chefe do Lp era Lança Perfume), e desde então fiquei viciado. Curti toda a fase pop com o maridão Roberto de Carvalho. Só descobri a fase Glam-Bowie e a Mutantes muito tempo depois, na época não tinha "intertz".

Nunca fui daqueles que faz tudo para ir a um show, ter o vinil raro, ou o adesivo do lançamento do disco de 1973,... essas coisas. Só fui a um show da Rita, o primeiro acústico - Bossa 'n' Roll - em Pelotas City, vale lembrar aos meus amigos - fui SOZINHO. Inesquecível!


Zélia, Paula e Rita: no show para o Roddy

Estou que não me aguento para ver o show da PUC, ainda mais com a Zélia Duncan. Zélia é a melhor cantora viva da nova geração. Desde que a Marisa Monte se consagrou como a mais chata, séria, complexa, pentenha, carlinhos-browniana, arnaldo-antunesiana cantora, e a Cássia Eller morreu, Zélia é o que há. A morta Eller eu vi em Pelotas, no mesmo maravilhoso Teatro Guarani.


Rita Lee encarna BB

Eu gosto das baladas, dos rocks, do glam dos anos 70, dos pops, das cômicas, dos trocadilhos da Rita Lee. No disco 3001 tem um ótimo resumo dos trocadilhos engraçados da Tia (Entre sem bater - letra e música de Rita Lee):

A vida para mim estava morta
Mas você bateu na minha porta
E me encontrou meio perdida
Uma Lindonéia desaparecida
A Chiquita que não era bacana

Kátia Flávia sozinha na cama
Amélia vaidosa
Conceição rica e famosa
Meu amor é tão urgente!

Tivesse você me rejeitado

Eu hoje seria um bagaço
Uma Jujú sem balangandã
Luz sen Fuego, Elvira Cristã
Maria Escandalosa recatada

Carolina vendo a banda parada
Marcianita sem disco voador
Nem sorriso a Rita levou
Meu amor é tão urgente!

Então entre
Entre sem bater
Entre sem bater...
Entre sem bater em mim

17 de mayo de 2005

"Tengo el infierno genital"


Argentinos tarados

Depois de passar o dia procurando apartamentos - aqueles que não são horríveis, têm um defeito grave - fui ao supermercado. Programão! Passando na frente da Banana Records vi no balaio (R$ 8.90) uma capa que me chamou atenção...


A capa da discórdia

Leche da dupla Illya Kuryaki and the Valderramas (Dante Spinetta Zalazar e Emmanuel Horviller) saiu em 2000, quando eu estava morando em Buenos Aires. A capa foi proibida, o primeiro single, Coolo (culo), causou polêmica pelo nome da música e pelo pôster (confira aqui), e o vídeo mostrava um anão rebolando no deserto, a banda estava na boca de todos. Muito mais importante que isso as músicas são muito legais. Eles misturam funk, rock, disco, pitadas de latinidad, com sotaque portenho, e um pé na baixaria (algumas letras são bem explícitas). Mesmo assim, nunca conheci alguém que gostasse deles, só o Fito Paez.

Mais um disco que vai para os favoritos de dançar na sala.

A mais divertida é Jennifer del Estero, confira um pedaço da letra:

Jennifer López entró em mi casa,
abrió la heladera puso su culo junto a la cereza,
la cual yo comeré la próxima primavera,
yo creo en Dios pero es ella quien cura mis penas.

Tengo mi funny pinga for your Li'l chicha-chicha.

(O que será que é "pinga"? O que será "chicha-chicha"? Alguém pode me explicar?)

16 de mayo de 2005

POA recebe volume II

A pessoa não pode reclamar mesmo! Vai ter show da Ute Lemper, dia 25 de maio, no São Pedro. Socorro!


Ute Lemper: simplesmente Diva

I have to smack that mask off your face
and take you to the dark side of the moon
I don't have any luggage,
I just have my dream to carry around
One has to love someone so much, to hate him that much
You're so different, like Zarathustra, or some outcast with another choice
I give you my heart, the broken one,
Go shatter it again, it's been broken many times before
It doesn't matter anymore, at least it's real
(I Surrender - Ute Lemper)

POA Recebe...


Não sou atriz-modelo-dançarina Meu buraco é mais em cima

Eu sei, eu sei, está certo, tudo bem,... A gente não pode reclamar que não tem o que fazer em Porto Alegre.

Entetanto, tovavia, mas, porém, eu não fui ver o show da Fernanda Abreu no anfiteatro da UFRGS, sexta passada, mas também ver um show da Fernanda sentado em uma cadeirinha. Tinha, também, a tal da Terça Insana no Teatro São Pedro, que também era uma pedida. Não se pode ter tudo nessa vida, temos que fazer opções na vida (me sinto o Paulo Coelho escrevendo assim).

Na verdade, estava me guardando para o show da Tim, não é do Tim Maia, esse morreu. O show da Tim Celular em que Rita Lee convida Zélia Duncan e Vanderléa (Não achei o site da Vandeca). O show vai ser no próximo sábado, no salão de atos da PUC-RS. Zélia e Rita juntas são ótimas, vocês já devem ter ouvido a deliciosa Pagu, que a infame da Maria Rita gravou. Estou super ansioso para ver as três juntas. Cada senhora mais louca que a outra!


Meu ingresso, que o motoboy trouxe agora mesmo

15 de mayo de 2005

Viskningar och Rop




A cena mais estranhamente erótica do clássico bergmaniano de 1972 (ano da graça em que este que vos fala veio ao mundo), uma cena de sexo aural, é o novo tema deste blog de orelhas grandes.

Vão ver o filme, se não me acreditam.

14 de mayo de 2005

M-u-u-sic











12 de mayo de 2005

Nenhum toque,


um pouco de silicone, e muita sapiência.

Você chega com os amigos
Faz um tipo que me agrada
Faz de tudo pra chamar minha atenção (tesão)
Passa a mão pelo cabelo
E me olha pelo espelho
Faz de tudo pra chamar minha atenção


Ainda tem gente que só valoriza as letras de Chico, Caetano, Gil, Tom,... Nas canções populares é que está a verdadeira poesia brasileira. Rosana é pura filosofia! Te cuida Nietzsche!!

11 de mayo de 2005

De Pernas Cruzadas


Orlando e sua espada - a espada é a protagonista

Ontem, eu fui ver o Kingdom of Heaven (Cruzada), e pude chegar a algumas conclusões:

1. A cada seis meses temos um novo épico (Qual será o próximo?);
2. Orlando Bloom é chato, e não chega perto de ser um ator;
3. O argumento morre quando o Gofrey (Liam Neeson) morre;
4. O roteiro está cheio de babaquices de cavaleiros;
5. Não é só a barba do Orlando Bloom que muda toda hora, várias coisas são esquecidas pelo caminho, quer dizer, o enredo não está enredado e os continuístas eram péssimos;
6. O filme parece uma mistura do Clone com O Senhor dos Anéis que se passa na Idade Média, porque o Orlando é tão expressivo quanto o Murilo Benício.

Depois de 2 horas sentado em um cinema lotado e em silêncio respeitoso aos cristãos, fica apenas uma dúvida: o cabelo liso do Orlando é chapinha japonesa, francesa ou alisamento progressivo? Com certeza não é Henê Maru.

Ao menos, o malvado cristão é bom ator, o neo-zelandês Marton Csokas, confira as fotos nos links: Senhor dos Anéis , Supremacia Bourne e Aeon Flux . Mais fotos dele aqui e aqui, e o site oficial aqui. Vale conferir.

Ah, eu torci pelos muçulmanos malvados, só faltou o Presidente Bush.

10 de mayo de 2005

Simplesmente Melody



Estou ouvindo o Historie de Melody Nelson, de Serge Gainsbourg, simplesmente delicioso, para não dizer chapante.

O disco é conceitual, na verdade, conta a história de um quarentão que atropela uma lotita (Melody Nelson) pela qual se apaixona perdidamente. Na vida real a lolita era Jane Birkin, Serge tinha 43 anos na época, 20 mais que Jane, e já eram casados. Sem Birkin não haveria essa obra prima. Ave Jane!
Confira mais detalhes na crítica da Senhor F.
No mais, relaxe e viaje na Melody.

9 de mayo de 2005

uma coisa Bahia


Arerê
um blog,
um log,
um flog,
com você.

Poema da grande filósofa ne0- franco-bahiana Nutrisse Sengalo Newskin, que abre a obra: A Bahianidade Globalizada - um estudo hegeliano-internético-bahiano sobre a condição atual das coisas.

8 de mayo de 2005

Seu Serge



Ah, eu sei que o Seu Jorge é tudo de bom. Seu disco CRU, eu escrevi "cru", viu, é perfeito para conquistar o mercado europeu e japonês. Sei também que vocês estão se perguntando quem é esse tal de Chatterton. Então leia sobre ele aqui.

A canção Chattertone é do gênio francês Serge Gainsbourg, aquele que ia e vinha entre os teus rins, mas não te ama mais. Não, não estou falando daquele idiota que te deixou. Então, com essas poucas informações, dê uma de inteligente e explique para os teus amigos, eles vão te achar muito culto. Fica a dica para procurar no Seu Google os outros suicidas e loucos.

Até que a tradução para o português ficou interessante. Aqui vai a letra original:

Chatterton suicidé
Hannibal suicidé
Démosthène suicidé
Nietzsche fou à lier
Quant à moi
Quant à moi
Ça ne va plus très bien
Chatterton suicidé
Cléopatre suicidé
Isocrate suicidé
Goya fou à lier
Quant à moi
Quant à moi
Ça ne va plus très bien
Chatterton suicidé
Marc-Antoine suicidé
Van Gogh suicidé
Schumann fou à lier
Quant à moi
Quant à moi
Ça ne va plus très bien

7 de mayo de 2005

in vino veritas


Cartaz do filme - se passar por aí vá ver.

Ontem, quando retornei da minha jornada ao extremo sul, além de uma janta especial ainda ganhei uma antologia bilíngüe do Jacques Prévert. Precisa mais?!

Hoje fiz programas família com mamãe, irmã e cunhado: almoço, Miró no Santander Cultural, MARGS, Café do MARGS, essas coisas. Tudo ótimo.

De noite, ganhei um convite para ver o documentário Mondovino, do cineastra Jonathan Nossiter. Uma espécie de Michael Moore também norte-americano, mas criado na França, e com muito mais charme e sutileza que Moore. O documentário desvenda o mundo do vinho, que exceto pela França, está todo dominado pelos norte-americanos do vale do Napa. Além de o documentário ser altamente recomendado, o próprio diretor estava presente e falou em português bastante claro. No filme, além de francês, ele fala italiano, inglês, português (ele arrisca um "tá e daí") e espanhol, com muita desenvoltura. De sobra, vinhos e queijos, lotação esgotadíssima.

Possíveis motivos para a lotação super-lotada (gentes feshion nas escadas):
( ) o filme
( ) vinhos
( ) franco-estudiosos
( ) a boca livre (fila para o vinho, amontoamento no queijo)
( ) vontade de aparecer mesmo
( ) o diretor


Better than Moore

5 de mayo de 2005

The one and only, or travelling, travelling,...


I always wished that I could find Someone as talented as you...

When I get lost in space
I can return to this place
Cause, you're the one
(Nothing Fails, Madonna)

Amanhã, vou para Rio Grande fazer coisas de advogado. 9 horas de buzum, contando ida e volta, meia hora na Justiça Federal, uma hora de conversa ao pé do ouvido da orientadora,... Dilissa! Deve dar tempo para tudo! Ao menos vou almoçar com a Claudinha. Chego em casa lá pelas 11 da noite, cansado, mas Madonna e Depeche Mode estão certos. Não?

at the end of the day
Some great reward
Will be coming my way
(Lie to me, Depeche Mode)

3 de mayo de 2005

Do you believe in...

Aprendi a tirar fotos do PowerDVD. O problema não é tirar as fotos, o problema está em achar as malditas fotos. E, de cada 15, apenas 4 são razoáveis. OK! Horrendas! Assim mesmo estão ilustrando o post. Eu achei bem divertido, ainda mais que a coisa que tira fotos reconhece as legendas.

Para vê-las maiores clique na foto. Sugestão: imprima e cole na parede do seu quarto.


Momento quase me mijei todo! (Na vida real, em SP, em 1993)


Dá para ver que a belíssima cortina é, na verdade, uma daquelas de banheiro bem vagabundas. Sobrou da reforma!


A pergunta que não quer calar. Perguntas, perguntas, perguntas...


Advice for the young at heart, ah essa é dos Tears for Fears, me enganei.

Sign O'The Times



Now I know how Joan of Arc felt, oh
As the flames rose to her roman nose
And her walkman started to melt
And her diskman started to melt
And her iPod started to melt



Primeira conclusão: A campanha não é mais Eu quero a minha Caloi, como nos anos 70, ou I want my MTV, como nos anos 80, agora é Eu quero o meu iPod. Só que I não Pode.

Segunda conclusão: Nem sempre os magros-esquálidos jovens são mais bonitos que senhores mais recheados e vitaminados. (Risos internos)

Para ver o Morrissey cantando There is a light... no DVD novo clique aqui.

2 de mayo de 2005

Agora em nova Embalagem

O gato cansou de ver televisão.

1 de mayo de 2005

Para comemorar os 40 anos da Globo


Não, não é a dupla francesa do Air

Nossa amiga Globo completou 40 anos essa semana. A programação de aniversário foi brega, do tipo horrenda. Brega, tipo tudo de bom, é a foto da dupla Cid-Sérgio, nos tempos de cabelão e gravatas coloridas. Nessa época o Cid Moreira não assustava as crianças com a sua voz de túmulo no fantástico. Muito menos o Sérgio Chapelin entendiava nossas sextas-feiras com o seu Bobo Repórter. Eles apresentavam o Jornal Nacional, muito antes do casal 20.
- Hoje no Globo Repórterrrr você vai ver a incrível selva selvagem cheia de plantas raras, bastante difíceis de serem encontradas. Plantas medicinais que vão mudar a medicina medicinal. Você ainda vai conferir a reprodução da ariranha albina manca, que só ocorre nessa mata selvagem, no mês de setembro dos anos pares. Nossa reportagem flagrou o ritual da reprodução da ariranha albina manca nunca antes filmado. (com a voz entediada do Sérgio)
- Boa Noite (com a voz do Cid)