31 de agosto de 2005

KEEP ON WITH THE FORCE - DON'T STOP

Don't stop Don't stop 'til you get enough

Eu estava ouvindo Wanna be startin' something do Michael Jackson no walkman, e nunca tinha prestado atenção na letra até então. A música conta a história da Billie Jean, a mesma, depois de ter o baby, que tinha os olhos iguais aos do Michael, ela teve um treco e ficou em coma. A coitada fica presa em um estado e não consegue começar nada, alimentar o filho, muito menos sair de onde está. Virou um vegetal.

Me parece uma boa música para se ouvir quando se está fazendo pós-graduação (mestrado ou doutorado), não?

Tem momentos em que a gente fica completamente atolado, não consegue sair daquele maldito parágrafo, capítulo, nota de rodapé,... A cabeça vira um grande pé de alface. Eu estou tentando dar uma nova configuração para o conteúdo. Como na montagem de um filme, tenho um monte de coisas escritas e preciso mudar a seqüência para ver se atrai mais o público.


Sente só a letra de Wanna be startin' something:

I said you wanna be startin’ somethin’
You got to be startin’ somethin’
It’s too high to get over (yeah, yeah)
Too low to get under (yeah, yeah)
You’re stuck in the middle (yeah, yeah)
And the pain is thunder (yeah, yeah)
You’re a vegetable, you’re a vegetable
Still they hate you, you’re a vegetable
You’re just a buffet, you’re a vegetable
They eat off of you, you’re a vegetable

As ilustrações são do episódio The Jeffersons, do seriado South Park.

Good Morning, Sunshine!

Ao que tudo indica, a maioria dos meus vizinhos é composta de profissionais liberais – advogados, engenheiros, dentistas e médicos – e alguns professores. Tudo gentes chiques – pessoinhas lindas!

O apartamento bem acima do nosso é habitado por um casal – um professor gordo e sua esposa professora simpatiquinha e gorduchinha.

Hoje, lá pelas 5 e pouco da manhã eu me acordei assustado - por mais de uma hora se podia ouvir os gritos do professor e delicadas patadas e sapateadas bem na minha cabeça. Parecia que ele estava ensaiando um musical gaudério – GGG – Gordo Gaúcho Galopante.

Só um pouco antes das 7 da matina, ele bateu a porta de casa, pegou o carro e saiu desvairado. Claro que a essas alturas eu já tinha perdido o sono.

O tal vizinho já tinha recebido o carinhoso apelido de gordo xexelento. E, eu que tinha repensando o apelido, depois de ele ter dado um esporro no velho rabugento e mal educado, por causa de uma confusão com as vagas na garagem. É por essas e outras que eu não tenho carro.

Brigas escandalosas, confusões e barracos de casais não são corriqueiras por aqui. Na verdade, quase nunca se ouve nada e pouco se sabe sobre a vida dos vizinhos. A classe média é discreta. Isso só vem a provar que quando as tatis querem quebrar o barraco não importa a classe, o bairro, a cidade, muito menos se a calça Gang-Rio fica bem.




A Marina canta no cantinho: eu espero acontecimentos e quando amanhece e barraco no outro apartamento...

29 de agosto de 2005

I'm going to tell you a Secret


Ontem, no MTV Awards foi mostrado um preview do novo DVD-Documentário-Show da amiga. Parece que agora sai o tal do Reinventando em Lisboa.

Eu não gostei do que vi até hoje da Re-Invention Tour, é chata-chata-chata. Os figurinos são pobrinhos - o que é aquela saia xadrez?, as coreografias não existem, Deeper and Deeper morreu junto com Rolisdey - bandeirolas? please!

Contudo, todavia, mas, porém,...

O minuto, um único minutinho só, é incrível. O que não faz uma boa edição?! As coisas que rolam na internet são horrendas!!! Um coitado passa o show inteiro com uma câmera na mão, filmando a cabeça da Madonna no telão.

Dá para notar que a música escolhida é Nobody knows me - Now I’m gonna try To improve my life - uma das minhas preferidas do American Life.

Já pedi para o Papai Noel.

28 de agosto de 2005

Las Horas en Êmepêtrois

Semana passada, eu gravei uma coletânea em mp3 para a minha english teacher - future psychedelic jazz bossa in an electronic lounge DEEE-LIGHTS FOR LUNARA. Compridinho o nome, não?

O CD acabou totalizando mais de 8 horas e tem 150 músicas. Dentre elas algumas faixas escolhidas de: Serge Gainsbourg, Clémentine, Coralie Clément, The Style Council, Tracey Thorn, Evertything but the Girl, Antony and the Johnsons, Hooverphonic, Saint Etienne, De-Phazz, Pink Martini, Dinah Washington, Blossom Dearie, Verve Remixed, Bebel Gilberto.

Só coisa fina. O problema é ouvir tudo isso e, ainda, digerir.

27 de agosto de 2005

THE SUN ALWAYS SHINES ON TV

Jack a muóda é usanus oitentas...

Eu estou me deliciando com a coletânea do A-Ha - Headlines & Deadlines. Melodias bonitas em canções grandiosas (leia-se tecladera norueguesa), com letras grudentas. Take on me, Take me onnnn I'll bee goooone in a day or twooooooo.

Melhor ainda é ver o DVD com todos os vídeos. Os melhores são: Take on me (lembra? aquele que o Morthen vira desenho), You are the one, Stay on these Roads, Touchy! e Hunting high and low. Diversão garantida.

Quem entra nos sites que tratam de coisas dos anos 80 sabe que os norte-americanos discutem se o A-Ha é uma banda de um hit só - one hit wonder - no caso, Take on me. Para nós, brasileiros, o A-Ha é uma banda de muitos hits. Eles fizeram vários shows no Brasil e lançaram duas coletâneas para o público brazuca: A-Ha on tour in Brazil e Best in Brazil. Sufiente?

Recordar é viver.

25 de agosto de 2005

Love is a many-splendored Thing (Suplício de uma Saudade)

Thieves like us - Lonesome Tonight single cover, 1984

Dos grandes temas da literatura universal o amor é considerado o mais abregalhado. Quando a gente está amando é tão bom ler sobre o amor, falar, ouvir, cantar e muitos outros verbos.

Cheguei em casa um pouco mais tarde que o previsto. Como de costume, Sebastião - o gato - miou "oi", logo miou "comida". Depois de repor a ração do gato acabei, meio sem querer, ouvindo Thieves like us, do New Order, na versão 12" do Substance. Já fazia algum tempo que não ouvia o cd com alguns remixes dos Pet Shop Boys, uma coletânea do Jymmi Somerville, o primeiro álbum do Information Society, algumas faixas do My Robot Friend, e New Order, claro. Em geral, as compilações enormes em mp3 acabam só fazendo volume e dificilmente são postas para rodar.

Sinceramente, não lembrava qual era o tema da canção, só lembrava que o refrão era It's called love. Então, peguei a letra na Inter-Netty, e, batata, amor na cabeça. Gente chique, como os New Orders, também pode falar de amor. Essa é a parte que eu mais gosto:

I've lived my life in the valleys
I've lived my life on the hills
I've lived my life on alcohol
I've lived my life on pills
But it's called love
And it belongs to us
It's called love
And it's the only thing that's worth living for
It's called love
And it belongs to us
It's called love
Yes it's called love

Oh, love is found in the east and west
But when love is at home, it's the best

Não é assim mesmo? Falar de amor pode ser brega, mas acerta o alvo direitinho. É bem mais fácil quando se têm escritores, poetas, letristas - o pessoal das palavras - para nos ajudar com os sentimentos.

Amando ou não, eu acho que Thieves like us é um dos melhores títulos de música que eu conheço, algo como ladrões como nós. Na mesma linha, a concorrente mais forte é Shoplifters of the World unite, dos Smiths.

23 de agosto de 2005

Sobremesa: Bonitão com Dulce de Leche

Se você gostou da primeira fase da Elis Regina, muito distante da choradeira de Como nossos pais, saiba como é o broto dos sonhos da garota:

Garoto último tipo
(Puppy Love, Paul Anka)

Hoje eu vi um tal brotinho
Que o meu coração
Foi logo conquistando
E eu não disse não

Garoto último tipo
Broto sensação
Não sei porque
Dei meu coração

Saiu pra rua
Trânsito parou
E para mim o olhar mandou
Que garotinho!
Mas que tipão!
Que roubou meu coração


Esse garotão me faz abrir meu bocão para cantar essa canção do fundo do meu coração, mostrando meu sovacão. Fico bem loca pelo tipão, que gatão. Ele tem um carrão pra passear no calçadão. Depois nós vamos para a Rendenção e ele me mostra o seu ... Tá chega!

Prato do dia: Hangover de Pimenta recheado de Lyrics


Muito antes de tornar-se a maior cantora do Brasil, a pimentinha Elis Regina gravou dois discos na linha Celi Campelo tentando ser uma cantora para adolescentes - Viva a Brotolância, 1961, e Poema de Amor, 1962. Os dois foram lançados juntos em CD, na coleção Dose Dupla.

As canções são na sua maioria covers. Muitas delas são realmente incríveis, dê uma sacada nas que eu mais gosto:

As Secretárias (Cha-cha-cha para o secretário/ Cha-cha-cha como é bom bailar / Necessito um secretário competente, com experiência e boa apresentação / Solicito alguém jovem e bonito e com carta de apresentação), abusada, não?;

Pizzicati, Pizzicato (Quando eu ouvi tocar um doce pizzicati / quase desandou / e quase parou / o pobre coração que só palpita por ti... e como um violino doido a suspirar / sonhou, sonhou / plum plum plum plum);

Baby Face (Baby Face / esse rostinho lindo / Baby Face / parece ingênuo / não é isso, não), que faz parte da trilha do musical Positivamente Millie;

As coisas que eu gosto (As coisas que eu gosto / eu vou lhe dizer / são coisas bonitas que vêm de você), da trilha do filme A Noviça Rebelde, a mesma que Björk-Selma canta na prisão, os vocais da versão da Elis parecem ter sido feitos pelos Três Patinhos;

Sonhando (Sonho, eu sempre sonho que o amor irei buscar... Alguém que eu venero, que eu tanto quero, não sei quem é), como assim, não sabe quem é?;

Dá Sorte (Dá sorte fazer o que eu digo / Dá sorte querer seu amor / Dá sorte cantar comigo / Cantem, então, a canção que eu fiz para ser feliz: / Creio no supremo poder / Gosto de quem gosta de mim).

Não contente com essas pérolas, o disco Viva a Brotolância traz o hino helenístico Dor de Cotovelo. A letra, que é um monumento à cultura de bar, é de João Roberto Kelly. Quem?

O mesmo compositor de Cabeleira do Zezé, 1963 (Olha a cabeleira do Zezé / Será que ele é 2x/ Será que ele é bossa nova? / Será que ele é Maomé? / Parece que é transviado / mas isso eu não sei se ele é / Corta o cabelo dele! 2x), Mulata Bossa Nova, 1964 (Mulata bossa nova / caiu no hully-gully / e só da ela / Ê ê ê ê ê ê/ na passarela / A boneca está cheia de fiu-fiu / esnobando as louras / e as morenas do Brasil), e outras marchinhas de carnaval. Agora dá pra saber quem é?

Voltando para o bar, confira a letra de Dor de Cotovelo e tenho certeza que sinos soarão na sua cabeça:

Beber pra esquecer é teimosia
Hoje muito whisky, muita alegria,
Amanhã ressaca, saco de gelo
O bar não é doutor que cure a dor de cotovelo (2x)

A dor pra curar não tem receita
É corcunda que se deita
Sem achar a posição
E sentir saudade não faz mal
Não é no fundo do copo
Que você vai encontrar sua moral

22 de agosto de 2005

Estou com dor no meu ORKUT, e daí?!


Além de servir de canal para reencontros e encontros dos mais variados tipos, o Orkut serve para medir o nível de imbecilidade das pessoas. Há muito tempo desisti de participar ativamente de comunidades, a estupidez demonstrada nos tópicos é tanta que chega a irritar. Quanto à língua, melhor nem comentar.

Falando de comunidades... Eu sempre achei que as comunidades “eu odeio” eram desprezíveis – eu odeio o cara das Casas Bahia; odeio fazer tricô, odeio homens pamonhas, odeio a Yoko Ono, odeio água com gás, odeio quem odeia, e o que mais der na telha.

Agora, é impressionante o número de comunidades que terminam com “e daí” – sou cuzona mesmo, e daí; eu uso chinelo de dedo com meia; e daí, eu tenho celular, e daí; sou Patty, e daí; eu dou o cu, e daí (27 membros); eu não dou o cu, e daí (2 membras). Cada coisa mais impressionante que a outra. Fora os exemplos da figura.

Na busca de comunidades com “e daí” e “odeio” aparecem mais de 1.000, agora com “so what?” são apenas 24, e algumas pertencentes a brasileiros. A procura por “hate” chega a somar as mesmas 1.000 comunidades que “odeio”.

As comunidades do “eu amo” são ainda mais idiotizadas – eu amo danoninho, eu amo homens de terno, eu amo Barbie, eu amo, Cara! Eu amo Pão de Queijo!! (na última, mantive a grafia original).

Isso só vem a comprovar que no momento atual buscamos nos identificar, primeiro expressando nossos ódios e amores, depois dando uma banana para o que os outros possam pensar, apenas dizendo: “e daí?”

Alguém pode dar uma luz? Os títulos das comunidades e os tópicos são um sinal de burrice aguda, piada sem graça, ou apenas uma manifestação da cultura de quem tem acesso à Internet?

Tenho que confessar que estou em uma comunidade dos “eu amo” – eu amo um Marcelo, no caso eu mesmo. Pode me chamar de idiota, e daí?!

Estudar essas comunidades daria uma boa pesquisa de sociologia.

19 de agosto de 2005

Assim caminha a Humanidade - Giant

Dia 19 de agosto de 1972 meus pais se casaram. Vinte e dois anos depois, eu me formei em Direito. Trinta e dois anos depois, eu estou aqui comemorando dez anos de formatura. Talvez agosto seja mês de desgosto mesmo.

Quando a gente termina um ciclo, como se formar em um curso superior, por exemplo, pensa que a vida vai mudar completamente. Como acontece nos filmes, a gente se forma no colégio e todo mundo fica feliz, todos encontram seus pares, os virgens perdem as respectivas virgindades, a garota mais gostosa fica com o protagonista sensível e a mais galinha na verdade era virgem e se apaixona por um espinhento. Na vida real não é assim, está mais para Reality Bites, do que para outra coisa, só que eu não conheço o Ben Stiller.


Na verdade, não acredito na possibilidade de se mudar o passado. Acredito, sim, que as escolhas que fazemos na vida têm, de alguma forma, alguma ligação com o destino. Não sei se destino é a palavra mais apropriada. Onde está escrito “destino” leia-se: cada coisa tem o seu momento certo para acontecer. Estou tão auto-ajudo-me.

Não gosto de pensar em arrependimentos. "E se" - não é um bom início de pensamento. Claro que se eu tivesse feito outras escolhas profissionais não seria quem eu sou hoje. Talvez tivesse passado em algum concurso público e estaria super-feliz com meu contra-cheque, minha mesa e meu horário de trabalho. Aquela segurança tão sonhada por tantos, inclusive pelos nossos pais. Talvez ainda estivesse estudando para o concurso de juiz. Quem sabe?

O pior de tudo são aquelas conversas de fim-de-ano quando todos se encontram para passar o natal na cidade natal (será redundância?). Os papos rolam assim:

- Quanto tempo, né?! Ah, nem sabes... Eu passei para juiz-delegado-TTN-TNT-puxa-saco, e estou trabalhando em Anta Pequena do Sul. E tu? O que tu tá fazendo?

- Que legal! Eu? Ah, eu sou modelo e ator, estou com umas propostas aí, mas é segredo ainda.


De todos modos, mando meus parabéns para os colegas formados na turma de Direito de 1995 da Fundação Universidade Federal do Rio Grande.

Motivos para comemorar o dia 19 de agosto não faltam para as lésbicas. Hoje comemora-se a primeira manifestação da visibilidade lésbica no país, um tipo de Stonewall ocorrido em 1983. A manifestação foi contra o Ferro’s Bar, ponto de encontro lésbico em São Paulo durante os anos 80, por molestar, impedir a entrada e a divulgação de um jornal engajado no movimento lésbico. A manifestação contou com o apoio de feministas e de bibas, claro.

Bom, então feliz dia do orgulho lésbico!

Post enorme dedicado a todas as lésbicas do direito, será que elas existem?

18 de agosto de 2005

Questões Cruciais volume 1

A "vida louca, vida" que levamos é marcada por uma constante busca do "eu", de uma definição intrínseca do nosso ser mais íntimo. Como a lagarta pegunta para Alice: Quem és tu?, perguntamos-nos: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual o sentido da vida? Quem tem medo de Virginia Woolf? Quem bate, é o frio? Preciso fazer um lifting?

Esses questionamentos que impelem a população para o consumo de livros de auto-ajuda culinária, psicografados do tipo Violentas da Janela, e esotéricos do Paul Rabbit. Junto com muitas varinhas de incenso e discos da Enya.

Como sou musical, é na música que encontro as verdadeiras perguntas, ainda muito mais inquietantes. Muitas delas ainda sem solução -- a respeito das quais, nem os maiores filósofos e pensadores da atualidade chegaram a alguma conclusão.

A primeira seleção das questões cruciais é dedicada ao grupo de Manchester que colocou várias minhocas em muitas cabeças nos anos 80 -- The Smiths. Talvez muitos ainda fiquem perplexos com as dúvidas Smithianas. Talvez suas mentes mudem para sempre. Então, antes de ler as perguntas, certifique-se da sua próxima consulta com o médico das idéias, tome um lexotan só para relaxar e respire fundo. Vamos lá:

1. How soon is now? (How soon is now?)
2. When you want to Live -- How do you start? Where do you go? Who do you need to know? (The Boy with a Thorn in his side)
3. What difference does it make? (What difference does it make?)
4. Does the body rule the mind or does the mind rule the body? (Still Ill)
5. Nature is a language -- Can't you read? (Ask)
6. Will nature make a man of me yet? (This charming Man)
7. Do you love me like you used to? (Rubber Ring)
8. Is it wrong to want to live on your own? (Sheila, take a bow)
9. When we're in your scholarly room who will swallow whom? (Handsome Devil)
10. Is it really so strange? (Is it really so strange?)
11. If you're so funny then why are you on your own tonight? (I know it's over)
12. Has the world changed, or have I changed? (The Queen is dead)
13. Do you know how animals die? (Meet is Murder)
14. Well I wonder do you hear me when you sleep? (Well I wonder)
15. Why did you change? (Golden Lights)

Post dedicado ao amigão Tacel, que estava comemorando secretamente suas primaveras, e me ensinou a gostar dos Smiths. Feliz Aniversário - depois que passou pode desejar, né?

17 de agosto de 2005

Estou pasé composé - Acústico e Remixado


Eu estou me deliciando com dois discos fundamentais, em nova versão -- "I recommend walking around naked in your living room".

Alanis regravou o Jagged Little Pill em versão acústica para comemorar os 10 anos de lançamento do álbum. A exemplo do primeiro disco do Kid Abelha - Seu Espião - Jagged Little Pill parece mais uma coletânea, está recheado de hits. Só Mary Jane e Forgiven continuam chatas.

Notem uma sútil diferença na letra de Ironic: It's meeting the man of my dreams And then meeting his beautiful husband And isn't it ironic...




A fofissíma Bebel Gilberto, sempre chique, lançou uma versão remixada do seu segundo álbum. Eu já havia postado sobre o lançamento dos remixes. Só ouvindo para saber o que é de bom, guri! A segunda leva de remixes ainda é melhor que o Tanto Tempo Remixes. Ainda tem um cd bonus com mais 6 remixes, 4 deles em versões dub.

If I could name A fruit for youIt would be jabuticaba Blue, black and small On the outside And soft and sweet within (Jabuticaba).

16 de agosto de 2005

On the Dancefloor

Hoje é o aniversário da colega Madonna - 47 anos. Hoje ela caiu do cavalo e teve algumas fraturas. Bom modo de comemorar o níver. Ainda bem que não fui convidado para a festa.

Hoje tem show a Bebel Gilberto no Teatro do Sesi - 80 pilas.

Hoje vou ficar em casa e ver o Casseta e Planeta. Que delícia!

15 de agosto de 2005

Quem tem medo de Wacko Jacko?

Esqueça o julgamento e os menininhos molestados, ao menos por enquanto. Esqueça a brancura OMO e todas as plásticas. Esqueça a falta de nariz e de senso do ridículo. Deixe de lado a curiosidade mórbida sobre a vida do mega-star e o preconceito, apenas aprecie um gênio da música - o auto-intitulado Rei do Pop.

The Essential - a nova coletânea do Michael Jackson - é um manual de receitas para fazer pop como deve ser, principalmetne o primeiro cd (De I want you back até Thriller). Destaque para as canções do Off the Wall - um dos melhores álbuns de disco.

Da fase menino prodígio têm I want you back, ABC, Rockin’ Robin e Blame it on the Boogie (a versão em castelhano do Luis Miguel é algo). O que? Nada de Jackson 5? Nada de Michael Baby? Não sabes o que estás perdendo. Let’s Boogie! Don't blame it on the sunshine, Don't blame it on the moonlight, Don't blame it on the good times, Blame it on the Boogie.

Da fase comecei a fazer plásticas tem as pérolas Don’t stop till get enough, Rock with you, Billie Jean, Wanna be startin’ somethin’, Beat it, até mesmo o mega-hit-medo Thriller, ainda são insuperáveis.

O segundo cd, que abrange a fase pós-Bad, é constrangedor. Ainda assim, eu recomendo: The way you make me feel (batidão seco racha pista), Smooth Criminal (Annie, are you O.K.?), In the Closet (literalmente: No armário - Onde?) e The Man in the Mirror (I'm startin' with the man in mirror/ I'm askin' him to change his ways).

Tem mais? Sim, tem baladinhas para adoçar o seu coração: I just can’t stop lovin’ you, Human Nature (não, não é a da Madonna), She’s out of my Life. Ainda bem que não tem a baba I’ll be there, aquela que a Mariah regravou, um horror! Só faltou o dueto com a mana JanetScream – uma das minhas favoritas de todos os tempos.

Só aí já temos o suficiente para momentos de P3D (puro pop para dançar). It doesn't matter if you are black or white, vale fazer o moonwalking e pegar lá... Huh! Who’s Bad?!

Post dedicado ao Rafa Bacelo - um admirador incondicional do MJ - e a Lúcia Sachê de Boca - a gente cantava Wanna be startin' somethin' nos corredores do direito da FURG.

Da série: Trocadilhos infames



A Hebe e a Galisteu que me desculpem, mas mudar de assunto de vez em quando é fundamental.

14 de agosto de 2005

A parte que te cabe neste latifúndio

À esquerda: Maria Antonieta, assídua freqüentadora do Shopping Moinhos, do Café do Prado, do Cord e da PUC. Está estudando para fazer um concurso de juíza e não ter mais que trabalhar para pagar as contas.

Descobri na Internet uma página bem humorada, de muito bom gosto, que revela uma grande inquietação existencial por parte de quem a criou, sem falar na consciência social.

Excelente perfil imaginário no Orkut (aliás, essas personagens fictícias, em geral empregadas domésticas, têm proliferado ultimamente na web). Achei especialmente criativo o nome inspirado em um programa de televisão de canal aberto.

A escolha da foto foi especialmente feliz – criticar essa classe reflete grande coragem. É emocionante constatar que os novos meios de comunicação, como o Orkut, estejam sendo utilizados para fazer uma crítica social engajada. Não é qualquer um que consegue fazer graça com esse tema.

Os nomes dos filhos da personagem também são muito bem bolados - Wellington, Washington e Wallace: não sei como ninguém tinha pensado nessa piada antes.

O futuro da arte e do humor no Brasil está nas mãos da classe média branca.

Por que as pessoas fazem graça com aqueles que imaginam seus inferiores? Talvez para alimentar a ilusão de que são superiores a pelo menos alguma coisa (e, neste caso, trata-se apenas de ilusão, mesmo).

Como se a Zorra Total e a Turma do Didi já não bastassem.

13 de agosto de 2005

El autobús desbocado


Empecé con mucho brío los ochenta, pero antes de la mitad me quemé y he tardado nueve años en retablecerme. No me preguntem cómo, dónde, ni con quién he estado. Odio ese tipo de gente que primero se pone ciega durante años, después se desintoxica e inmediatamente escribe un libro hablando del asunto, tipo Carrie Fisher. (p.93)

Patty Diphusa escreve sobre celebridades desintoxicadas do tipo Carrie Fisher. Alguém lembra de outra?

11 de agosto de 2005

Na cama com Rocco

Muitas comemorações no dia 11 de agosto. Hoje é aniversário do Rocco Ciccone Ritchie - o fofucho na cama com mamãe Madonna e a irmã Lourdes Maria. Feliz 5 anos Rocco!

11 de agosto também é dia de Santa Clara - padroeira da televisão. Então, Santa Clara clareai!

Back to School - South Park Edition


El Coco Loco e o Blog do Marcelo Inc. desejam um ótimo retorno às aulas. Hoje tenho aula de História das Relações Internacionais, em um curso extra-curricular. Como é o primeiro dia de aula, dá licença que eu vou arrumar o meu caderno e o estojo.

Mas me conta, não fiquei super-fofo em versão South Park?!

Também, feliz dia dos advogados e dos profissionais de hotelaria!

10 de agosto de 2005

Tweedledee Tweedledum

Algumas músicas gritam e outras respondem. Uma mesma idéia pode ser bem reaproveitada, a idéia é reciclar. Vejamos alguns exemplos:

Em 1979, George Harrison compôs e gravou Love comes to everyone - It only takes time 'Til love comes to everyone. Em 1983, Zizi Possi gravou uma versão em português: O amor vem pra cada um - Bem que eu disse pra você que O amor vem pra cada um. Os Pet Shop Boys fizeram a canção irmã Love comes quickly, lançada no álbum Please, de 1986 - when you least expect it Waiting round the corner for you Love comes quickly, whatever you do You can’t stop falling.

Outro exemplo de irmandade é November spawned a monster do Morrissey, o monstro da música é uma menina de cadeira de rodas - One november Spawned a monster In the shape of this child Who must remain A hostage to kindness And the wheels underneath her. Amado Batista imortalizou Cadeira de Rodas, um verdadeiro hino à diversidade e ao amor entre caminhantes e cadeirantes: Sentada na porta em sua cadeira de rodas ficava sem ter alegria seu rosto tao lindo sorrindo, chorava mas quando eu passava a sua tristeza chegava ao fim sua boca pequena no mesmo instante sorria pra mim.

9 de agosto de 2005

Sin City

Acabei de ver o Sin City. Não pretendia ver, não. Em resumo, muitos homens machos salvando mocinhas indefesas, mas nem tanto. Nada de unhas feitas, cortes elaborados, roupinhas de grife, nenhum sinal de Beckham ou outros metros.

O mais impressionante é o personagem de Mickey Rourke - Marv. Mickey era um bonitão dos anos 80, lembra de 9 1/2 Weeks? Ele colocou silicone no rosto e ficou deformado.

Carrie é tudo - Sobre o post anterior II

Eu tô boa, tô gostosa, tô podendo, tô numa super-produção, tô num filme do George Lucas. O Darth Vader tá me encoxando. Para Darth! Aqui não! Agora, me conta, quem pode, pode, né gurias. O Darthinho é tudo, malvadão, gostosão e, ai gurias, vocês sabem, né. Hihihi!

Bem, como eu ia dizendo... essas tranças, o famoso telefone, são ótimas para guardar meu pó. De arroz, gurias, não pensem bobagens, pó de arroz, também conhecido como pó compacto, ou pó facial.

Inveja? - Olha, nas memórias da Patty Diphusa, a estrela internacional do pornô e amiga do Almodóvar, ela disse que odiava atrizes que saem da desintoxicação e escrevem um livro. Patty, amiga, vamos esquecer tudo isso?! Me liga.

Ainda sobre o post anterior I

Eu sou linda, adorada, fofa mesmo. Eu canto, danço, sapateio,ainda represento. Eu enxugo uma água que é uma beleza. Eu faço a mãe da chata da Grace, no seriado Will & Grace. Quer mais? Veja todos os meus filmes.

8 de agosto de 2005

Shut up, Mommie Dearest, or I'll kill you!

Princesa Leia Organa, ou melhor, Carrie Fisher, é filha do ator Eddie Fisher, de Coke Time (1953) e do Eddie Fisher Show (1957). Quando Carrie tinha apenas três anos, Eddie Fisher deixou a família para se casar com Elizabeth Taylor. Logo com quem.

A mãe de Carrie é a atriz Debbie Reynolds. Alcoólatra e dominadora, fez a pobre Princesa Leia sofrer. Carrie viveu à sombra de sua mãe super-star. Talvez seu único papel de destaque tenha sido a Princesa Leia, da primeira trilogia de Star Wars.

Depois de uma temporada de desintoxicação, Carrie escreveu um livro contando seu relacionamento com a mãe. O livro virou filme, em 1990 -- Lembranças de Hollywood (Postcards from the Edge).
A frágil e humiliada Carrie é interpretada por Meryl Streep, e a malvada estrela de Cantando na Chuva é vivida por Shirley Maclaine. Tudo no melhor estilo Joan - Christina Crawford em Mommie Dearest.

A conclusão do livro-filme é bastante satisfatória, mesmo para nós que não temos uma mãe atriz hollywoodiana: a nossa mãe também tem (teve) uma mãe. Não é mesmo, querido auditório?



Ela canta, dança e representa. Ela é louca, bêbada, ícone gay, eu falei mal dela e escrevi um livro contando os podres dela, mas é minha mãe, pô! Na família a gente se entende, né?!

Coisas do POP Ritaleenico

Rita Bowie com o Tutti Frutti, 1974

Rita Lee gravou quatro discos de estúdio com a banda Tutti Frutti (Atrás do Porto tem uma Cidade, Fruto Proibido, Entradas e Bandeiras e Babilônia). O grupo se desfez antes de pegar a estrada com a tournée do Babilônia. Para acompanhá-la nos shows, Rita Lee formou Cães e Gatos, alusão às constantes brigas entre os músicos.

Em 1979, Rita Lee gravou seu primeiro disco sem banda de apoio, -- apenas ela e Roberto de Carvalho, no auge da paixão e dando início a sua fase pop-romântica. Da dissolução da banda de apoio nasceu o Rádio Táxi. Todos músicos competentes e afinados com o rock and roll - Willie, Maurício Gasperini, Vander Taffo, Lee Marcucci e Gel Fernandes. Rita Lee foi a primeira estrela do rock nacional a vislumbrar um caminho ainda virgem no Brasil – a música pop. Na mesma esteira, apadrinhou o Rádio Táxi.

O primeiro sucesso do Rádio Táxi foi Coisas de Casal, de Rita e Roberto, parte da trilha sonora da novela Sol de Verão, da Rede Globo, em 1980.

Não quero dizer que as canções pornô-comestíveis (Sanduíche de Coração e Põe Devagar) e absurdos sobre o fim do mundo (Eva) sejam boas, ou que mereçam um lugar de destaque na história da new wave brazuca. Entretanto, o Rádio Táxi foi uma das bandas precursoras do movimento do rock-pop brasileiro nos anos 80. Tudo culpa da tia Rita.

Então... Coisas de Casal é um resumo de uma boa história de amor, daquelas em que a gente se completa e se implica:

Tive sorte de encontrar você
Que debocha do meu jeito de ser
De repente faz juras de amor
Me esquenta no frio
Me refresca no calor
A gente troca,
A gente troca de lugar
A gente brinca
A gente brinca de brigar
Chora de rir,
Fica de mal
Coisas de casal, coisas de casal

5 de agosto de 2005

We're living in a material world

O Roddy me dedicou a charge do Zé Desceu cantando Ministro Materialista, confira aqui. Fiquei emocionado!

3 de agosto de 2005

Agô-sto Mês Didi Gôsto


A colega veio desejar um bom agosto, já que é mês do aniversário dela. A foto é do calendário 2005 da Madonna. Clique para amplicar os grampos de cabelo.

Ao que tudo indica a moda é fazer festinhas da Madonna, em Porto Alegre. Eu fui na de sexta lá no Cine Theatro, estava ótima. As performances maravilhosas, o povo, bem variado, delirou! Além de Madonna, tocou as seguidoras Gwen e Cretina, e o melhor dos 80s (New Order, Depeche Mode, e tal). Os presentes dançaram muito com os mega-hits da Madonna, só não entendo o exibimento dos DJs. Alguém pode me dizer se existe uma razão para tocar Ain't no big Deal? No ano passado, eles tocaram outras obscuras, como I know it, Spotlight e Burning up. Faltou Can't Stop, Don't Stop, Shoo-Bee-Doo e Jimmy Jimmy, as melhores!

No sábado foi a Mad-onna, no Ocidente, que não vai ver minha cara por muito tempo. Próximo sábado, 06 de agosto, tem outra festa da Madonna, só que é lá no Vitraux - conhecido muquifo lésbico-caminhoneiro. Medo, muito medo!

Abra seu coração

A citação do post anterior é de Peito Aberto do disco novo do Kid Abelha, que passei o sábado inteiro escutando. Mesmo quando a gente está assim mais baixo que o cu do cachorro (Ninguém mais me considera só velhos, bêbados e animais) é bom ser amado. No fim o importante é: Seja como for mas seja sempre o meu amor perpétuo. Não é verdade? Paula Toller sabe das coisas.