14 de agosto de 2005

A parte que te cabe neste latifúndio

À esquerda: Maria Antonieta, assídua freqüentadora do Shopping Moinhos, do Café do Prado, do Cord e da PUC. Está estudando para fazer um concurso de juíza e não ter mais que trabalhar para pagar as contas.

Descobri na Internet uma página bem humorada, de muito bom gosto, que revela uma grande inquietação existencial por parte de quem a criou, sem falar na consciência social.

Excelente perfil imaginário no Orkut (aliás, essas personagens fictícias, em geral empregadas domésticas, têm proliferado ultimamente na web). Achei especialmente criativo o nome inspirado em um programa de televisão de canal aberto.

A escolha da foto foi especialmente feliz – criticar essa classe reflete grande coragem. É emocionante constatar que os novos meios de comunicação, como o Orkut, estejam sendo utilizados para fazer uma crítica social engajada. Não é qualquer um que consegue fazer graça com esse tema.

Os nomes dos filhos da personagem também são muito bem bolados - Wellington, Washington e Wallace: não sei como ninguém tinha pensado nessa piada antes.

O futuro da arte e do humor no Brasil está nas mãos da classe média branca.

Por que as pessoas fazem graça com aqueles que imaginam seus inferiores? Talvez para alimentar a ilusão de que são superiores a pelo menos alguma coisa (e, neste caso, trata-se apenas de ilusão, mesmo).

Como se a Zorra Total e a Turma do Didi já não bastassem.

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