11 de enero de 2005

Monolito 2



Lá pelo fim dos anos 80 aconteceu um revival das músicas do inicio da década, ao menos la longínqua Far Far Very Far Away City. Talvez essas músicas apenas estivem sendo lançadas e não relançadas. Lembro bem de Oh, L’amour do Erasure, The One I Love, do R.E.M. e I Just Can’t Get Enough do Depeche Mode. Eu queria conhecer mais dessas “novidades”. Mesmo que o Music for the Masses do Depeche já estivesse saído, acho que até o 101, eu acabei comprando o The Singles 81-85. Confesso que não gostei muito das primeiras músicas tipo trilha sonora de vídeo game. No entanto o lado B era maravilhoso.

Anos mais tarde consegui comprar o disco que tinha dado origem as músicas que mais tinha gostado: Some Great Reward, de 1984. Até hoje é um dos meus discos preferidos do DM dos anos 80. Claro que o Violator é uma obra-prima, mas data dos anos 90. Como todo mundo gosta do Violator, achei bom postar uma outra preciosidade.

Some Great Reward tem clássicos como People are People, Master and Servant e Somebody. As outras também são maravilhosas, como Lie to me, It doesn’t matter. A continuação desse álbum é A Black Celebration, de 1986. Um álbum triste, reflexivo, pesado, como a última faixa do Some... Blasphemous Rumours, que trata do senso de humor doentio de Deus frente a dois exemplos: um suicídio adolescente e um acidente de carro.

Além das letras que são quase sempre ótimas, no caso do Depeche, esse disco tem elementos industriais, quer dizer, barulhinhos metálicos, batidas de coração, latas caindo no chão,... No encarte há desenhos de porcas, parafusos e outras engenhocas, seguindo o Lp anterior Construction Time Again.. Os temas vão de dominação ao ódio, do tédio ao amor. When I’m asleep / I want somebody / Who will put their arms around me / And kiss me tenderly... (Somebody). – Ah, seu Depeche, quem não quer?

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