22 de marzo de 2005

Certo ou Errado: eu vou provar para saber escolher!



Ok, não conheço ninguém que goste de Patrícia Marx, ou diga que goste. Eu gosto e ponto final. Não gostava do Trem da Alegria, mas gostava de Certo ou Errado (alguém lembra?), quando ela ainda era Marques. Ainda tenho o disco de vinil guardado em Far Far Far Away, o mesmo que costumava tocar nas festinhas do segundo grau. (risos saudosos) Eu sei que uma cantora infantil dificilmente consegue construir uma nova imagem. Sempre vão vê-la como aquela criança pentelha que se apresentava incansavelmente no programa da Shusha. Bebel Gilberto se afirmou como uma cantora independente de seu passado como menina cantora, e independente de seus pais, entretanto não sofreu tanta exposição na mídia quanto Patrícia Marques.

Eu gosto da primeira trilogia dance da Patrícia: Ficar com você (1994), Quero Mais (1995), Charme do Mundo (1997), nesse último ela e Nelson Motta recriam sucessos do pop brasileiro dos anos 80 em drum 'n' bossa. Nem preciso dizer que adorei o Respirar, de 2002, lançado pela Trama, naquele estilo Trama de ser.
Acabei de escutar todo o disco novo, chamado, simplesmente, de Patrícia Marx (Trama, 2004). Esse novo trabalho é ainda melhor que o anterior. Muito bem produzido, moderno, londrino (Patrícia e o marido Bruno E estavam morando em Londres), com aquela mistura que eu adoro de música eletrônica e bossa nova. Eu aposto que faz sucesso pelo mundo afora. Agora, resta saber se Patrícia tem intenção de conquistar o mercado brazuca. Acho que não. Da mesma forma que Bebel, ela não parece estar preocupada com a aceitação do público brasileiro. O mercado de ambas estão nos países que consomem música brasileira de qualidade, como Japão, Estados Unidos, e a grande parte da Europa. Essa música brasileira tanto pode ser a bossa nova clássica, ou coisas como Elis Regina, quanto a música brasileira moderna, tipo: Brazilian Electronic-Bossa for export. Fica a dica: ouça sem preconceito, como diria George Michael.

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