3 de julio de 2005

Au revoir, Balonê

Sugestão para a foto do próximo flyer

Sexta feira, falei por telefone com o Marcelo, meu xará que também foi à Balonê, e ele me disse que os ingressos antecipados estavam esgotados. Pensei – Hum, mau sinal. Mesmo assim, mantive as esperanças iniciais de ter uma noite divertida e dançar músicas de que eu sei toda a letra.

Sábado, chegamos na festa e tinha uma fila de gente querendo desesperadamente entrar, mas o esquema já era aquele – tem que sair um para entrar outro. Havia alguma coisa no ar... o pessoal que estava na rua não era nem de longe os que costumavam terminar a garrafa pet cheia de caipira ou fumar um cigarrinho ilícito. Na verdade, era uma fila organizada cheia de arrumadinhos!

Depois de conseguir chegar até o bar para beber algo, então foi que as suspeitas se confirmaram. O Ocidente, que sempre foi conhecido pela sua fauna ensandecida, estava repleto de mauricinhos e patricinhas, provavelmente comemorando o fim do semestre na PUC.

Muita chapinha de desmanchando por causa do calor e da umidade, fila no banheiro dos homens (!), e nenhuma das espécies da fauna estava presente. Que a galera do direito da PUC e da Medicina da Ulbra têm direito de se divertir -- tudo bem. Agora eles que fiquem lá do Dado Trolha (aqui em Porto Alegre tem uma rede formada pela Cervejaria Dado Bier onde toda a classe média se encontra – Dado Tambor, Dado Garden, Dado Grill, Dado Tudo, Dado Muito ...).

Muito bem, ver gente bacana e descolada nem pensar. Todos eram babacas e "colados". As quatro ou cinco pessoas envolvidas na organização da festa estavam no mezanino, onde tinha um pouco mais de espaço para dançar. Bem que tentamos. O problema é que o ar quente sobe, e não ligaram o ar do mezanino. Estava incrivelmente quente.

A música é um capítulo especial. O set inicial foi composto de clássicos do pop rock new wave nacional (Marina, Kid Abelha, Léo Jaime, Ira, essas coisas). Emendado em um brega romântico – Rosana e Ritchie. Logo em seguida, o DJ iniciou uma seqüência inexplicável: Lua de Cristal, Xuxa; Somos Amigos, Balão Mágico e Fábio Júnior; Thundercats, Trem da Alegria; She-Rá, Xuxa (novamente). Tudo bem, uma música infantil é quase engraçado, mas assim não dá.

Depois de uma hora e pouco, entramos em acordo – simbora. Lá fora, nos demos conta de que tudo isso é culpa de uma matéria do jornal Zero Hora, no seu caderno mais Martha Medeiros, Donna. Impressionante a personalidade forte dessa gente que tinha nojo e medo de ir no Ocidente, é só uma vaca dizer que é bom que toda a manada vai atrás.

A festa me lembrou aquele lado pior dos anos oitenta -- afinal de contas, foi a última década em que era proibido (perigoso mesmo) ser diferente. A festa Balonê se tornou uma festa igual a todas as outras da calçada da fama.

2 comentarios:

Anónimo dijo...

Qdo eu morava em SP, costumava ir à Trash 80's. Não apareço por lá há mais de um ano e me contaram que virou um antro de mauricinhos. E que estão cobrando o olho da cara pra entrar, como se fosse o último osso de Cleópatra. O que é uma pena.

Anónimo dijo...

É...Tudo bem...Perdeu o programa,né??Chato....
Hunf!!Mas pelo menos eram da nossa época!!Pense em Eliana,Rouge,...
*Falavam que eu parecia a Simony,tenho trauma do Fofãooo!
Bjoo=*