I overheard trough the Grapevine: Darwin was right
Supermercados em geral são lugares sui generis: movimentos estranhos no banheiro masculino, caixas lerdas, atendentes grossos, moças da degustação e outras cositas más.
O supermercado daqui de perto de casa é um verdadeiro zoológico – celebridades locais, senhoras com plástica mal feita, filhinhos de papai, esportistas suados, jovens coroas recém divorciados, tem até um consumê, que aparece do nada quando se chega perto da parte dos vinhos importados, mesmo que você só queira aquele chileno da promoção (8,99 dinheiros a garrafa)
Acabo vir do super, na entrada eu ouvi, meio sem querer-querendo, uma conversa entre alguns boyzinhos no auge da sabedoria dos seus 19 anos. O mais fortinho (com certeza o fundador e chefe dos guris) dizia para os outros quatro: ele só se dá bem porque ele vai nesses lugares baixos, agora eu quero ver ele arrumar mulér onde a gente vai, aí sim que eu quero ver ele ser o cara. Muito fácil bancar o bom lá no _________ Bar. (preencha a lacuna) Por isso que ele nunca sai com a gente, vai se socar nesses muquifos.
E eu ainda me espanto com a cultura, inteligência, criatividade dos herdeiros da classe média ascendente porto-alegrense, eles não são só um corpinho sarado com uma carinha de anjo. Até estratégias de sobrevivência na escala social eles desenvolvem seguindo os mais altos padrões na escala evolutiva. Toda essa filosofia foi filosofada enquanto compravam carne e cerveja para o churrasquinho de sábado (livrai-nos desse mal. Amém).
Esclarecimento: nunca fui no tal bar citado, mas não acredito que seja tão muquifento assim, é um bar/boate na cidade baixa – bairro boêmio de Porto Alegre.
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