28 de noviembre de 2005

Como uma Noviça Rebelde (Like a sound of music)

Na função da mudança, prevista para o próximo sábado, saí às compras. Devidamente munido de uma listinha na mão e algumas idéias na cabeça. Percorri apenas três baratilhos e encontrei verdadeiras preciosidades: prendedores de roupa em forma de peixe por apenas dois reais, tapetinhos para o banheiro só três e cinqüenta, um relógio de cozinha laranja futurista por nove e noventa.

Hoje o calor estava de matar, mesmo estando dez graus menos que semana passada, quando atingimos a marca de 40 graus.

Enquanto me dirigia para o Bazar Sul, loja muito distinta - chique mesmo, mas vulgarmente conhecida por um e noventa e nove, me distraia com pedaços de carne que passeavam pela rua brilhando ao sol.

Filosofava sobre as qualidades da carne gaúcha e as diversas maneiras de prepará-las. Como a comida japonesa anda em alta, pensei: será possível um sushi de filé? O que diria Kant sobre esse tema metafísico? O que diria Zaratrusta perante tal iguaria? O que é o bem? O que é o bom?

No meio do devaneio já estava dentro da loja, frente a uma jovem freira que admirava um mensageiro dos ventos rosa choque, repleto de estrelas. (Uma cortina vermelha se abriu e um coral entoava o refrão: just like a prayer, I'm gonna take you there, enquanto a freira dançava sensualmente com um gnomo de gesso)

Pensei comigo mesmo: deve ser uma mensagem do Senhor. Há um sentido para a vida. A verdade está aqui dentro ou lá fora. 42 é a resposta. Levo o azul ou o amarelo. O laranja seria demais, com certeza.

Resultado: saí de lá com um cesto enorme para colocar roupa suja – amarelo. Como alguém pode viver sem um cesto para roupa suja?

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