Just lycra preta, I'm gonna take you, Leda

Eu nunca participei de grupos de jovens. What? Sabe, aqueles adolescentes espinhentos que se reúnem aos sábados para discutir a Bíblia, cantar, orar e, para os mais espertos, fornicar.

Muitas pessoas que eu conheço foram afetadas por esses grupos. Alguns nunca superaram o assassinato do padre gostoso por um michê transtornado (sim, sim Far Far Away esconde histórias de sexo e religião). Outros se drogavam e depois juravam que estavam falando em línguas e tinham iluminação.

Muitos dos que eu conheço são gays. Poucos saíram tanto do armário que hoje bradam contra os enrustidos nos pegue-pagues da vida – uma coisa terrorista do armário. Uns também se assumiram, mas ainda se chicoteiam nos domingos pela manhã. Tantos outros se casaram com mulheres e levam uma vida dupla, frequentemente são vistos passeando a noite perto da estátua de Iemanjá no Cassino. Há os que sublimaram seus desejos secretos e também se casaram com mulheres do sexo feminino, mas continuam dando pinta por aí.

As gurias, quase todas fofas, queridas, meigas, melosas estão casadas e cheias de estrias. Já as sapas continuam sonhando que a melhor amiga aparece numa nuvem vestindo um véu azul transparente e elas se amam com fervor. O que é o sonho molhado?

Não sei se esses tais grupos de jovens são determinantes para o comportamento adulto. Não sou especialista no assunto, nem quero ser, mas conheço bastante gente traumatizada.

Nunca consegui aprender a tocar violão, bem que eu tentei, e nunca entrei nos tais grupos, nunca tentei. Do meu modo peço luz para essas criaturas perdidas e para todas as outras ouvindo o gospel de São Roberto Carlos dos Caracóis.

Ore, cante junto, sinta o poder da salvação pela força de:

Jesus Cristo
A Montanha
Todos estão surdos
Quero que vá tudo pro Inferno

Have faith!