7 de enero de 2008

Inventário

The Kiss - foto do autor - Marina de Punta, 24.12.07

Quantas vezes você já ouviu e quantas mais já disse: Agora que tá com namorado(a), nem quer saber mais dos amigos? Já ouvi isso tantas vezes que o lugar comum já está totalmente mapeado.

O fato é que é difícil encontrar um meio termo entre os amigos e o namorado, não é messs?


Parece que quando a gente está sozinho é muito mais fácil lidar com mais pessoas ao mesmo tempo. Quando estamos com alguém, temos que lidar intensamente com uma única pessoa. Ao menos, aqui em casa todos os programas são amplamente discutidos, avaliados e sopesados antes da decisão final. Quase nada é feito por impulso, a não ser algumas comprinhas...

Aqui nas terras portoalegrinas temos outros problemas. As opções GLSBTT são fracas como modelos anoréxicas:


Duas buatchis, uma de pães com ovos e outra de bombadas, semi-bombadas e seguidores.

Dois bares-boates, um super agradável, quando não está cheio e quando todas as desagradáveis não resolvem ir. A comidinha é boa e barata, e cedo nunca atrolha e dá para conseguir mesa.
O outro depende muito do dia, do som, da colocação dos presentes e tal. Muito arriscado.

Ainda restam as sextas no Ocidente, com cerveja quente, atrolho e muito, mas muito carão.

Um bar de lésbicas cervejeiras em uma badalada rua do bairro Cidade Baixa. Nunca vão ver a minha bela carinha.

O que sobra são muquifos lotados de michês e quartos escuros, locadoras (como chama um amigo: As cabinA) e saunas. Divertidos mas pouco sociais.

Talvez seja melhor ficar namorando em casa mesmo. Salvo raras combinações com amigos, saio pouco. Já saí mais, mas o meu amigo party animal se mudou e levou junto os convites para sair.

O mais estranho é que, quando estava no interior, sonhava com a vida gay da capital. Ledo engano! O negócio é um filme no dividi, pipoca ou bis branco e coca-light.

Admiro muito quem tem pique e curte a noite, principalmente se está casado. Como o Tony Goes, que eu só conheço do blog, mas sei, também pelo blog, que ele é casado desde a eleição do Collor e tem uma vida social agitadíssima. Ah, como eu admiro esse guri. Quando eu crescer quero ser assim que nem tu! Aliás, me convida pra sair um dia, tah?!

Também pode ser que nesse meio tempo a noite portoalegrina melhore!


Esse post é só pra justificar a minha hibernação em pleno verão, mas estou esperando o John para badalarmos nas baladas calorentas.

5 comentarios:

Jackson Morais dijo...

Marcelo, guardadas as devidas proporções, as noites gays não são muito diferentes entre si, não importa se em Porto Alegre ou Nova Iorque. Se você prestar atenção, vai perceber. Ah, é claro, a atenção é inversamente proporcional à quantidade de carão. Ótimo post pra se ler e gostar.
;-)

Jackson Morais dijo...

Ah, claro, tem as noites cariocas e as paulistas, mas são mais arremedos e maiores, apenas.
;-)

Anónimo dijo...

Ah gato, é um dilema isso.
Agora que eu to casadinho, sinto falta dos amigos, de estar por dentro das fofocas, mas da noite, não sinto não, principalmente no quesito arrasta pé. Eu sempre gostei de lugares mix, que mescla as tribos, mescla as músicas...Hoje em dia, é boate de barbie, de urso, de moderno, de bicha-centrão, de trash...ah meu cool!
Pra compensar a saudade, vez ou outra eu chamo os amigos para uma reuniãozinha em casa.
Ah, morro de saudades daí, meus 2 amigos que me acompanharam não curtiram muito, eu gostei, só tirando o calor infernal, e a elza que grita no centro (sim, ficamos hospedados num hotelzinho do centro, muito fofo, a tia copeira se apegou tanto que até lacrimejou quando fomos embora)
Apesar de ser metrópole tem um clima provinciano que me agrada muito. Come-se muito bem, gasta-se pouco, tá certo que diversão gay é pouca, mas achei os machos daí, no mínimo, garbosos. Ou seja, me dei bem apesar de não ter ido a sauna com os amigos, quer dizer, eu fui uma vez num misto de sauna, videoclube e fiquei lá no bar entornando cerveja Polar enquanto eles caçavam pelo casarão.
Ai ai ai, saudades saudades de PoA.

Anónimo dijo...

Ah e das baladas daí, xo ver se eu lembro, fomos num lugar que parece uma mansão, meio afastado de tudo, achei divertido, tinha até um cyber dentro da bagaça.
Teve uma noite que a gente foi num lugar muuuuito trash, parecia um cortiço, bem afastado de tudo, lugar capenga mesmo, cheio de cafuçu hihihi mas a gente se divertiu apesar de não ter rolado paquera nenhuma. Batemos ponto naquela outra boate, acho que é sunga lalala, existe ainda? Meio estranha né, mas parecia o hit do momento, levei uma cantada de uma quatira que fiquei bege, mas eu só tinha olhos pro barman desse lugar, que perdição de homem, acho que era hetero.
Ah, e teve um lugar super carão que a gente foi, o povo não parava de medir a gente, 3 forasteiras né, um lugar super pequeno, apertado que tem uma escadinha..quando eu estava subindo essa escadinha, um moreno me puxou pelo braço e perguntou se eu era irmão de fulana (não sei se era cantada, mas ganhei a noite pela abordagem ousada, fiquei babadinha haha).
Enquanto meus acompanhantes se jogavam na perdição real de dia, eu dava um pulinho no cyber e me jogava no chat do terra que logo pintava um macho fogoso querendo experimentar um sashimi paulista hihihi.

Marcelo dijo...

Bom BeeahG, isso lá é verdade! As bees de buachy são todas meio iguais. Tootsie tmbém nao gosto dessa coisa repartida em repartições. hihihi! Sempre tenho vontade de ir numa festa de ursos que tem por aqui, mas é lá perto do aeroputo, entao já viu né...
Querido, a casa com cabinAs e saunas é o Indiscretos e a buate com saiber no meio é o Ex-Sunga, agora Refugiu's (com u e apostrofeésse). Pão com ovo rola solto lá, mas é mais devertildo que as outras. O lugar carão com uma escada e o cara que te pegou pelo braço é o Ocidente. Bom, mas melhor ainda quando se está bebum e a pessoa ri da cara das carudas. É isso! quando pintarem por aqui avisem, heim!!!