TV is the thing this year

Em vez de irmos no feriadão para a serra gastar nossos tostões, passamos o domingo chuvoso ouvindo Anita O'Day. Um comprado e outro encontrado atirado por ahí:

Anita O'Day Live In Tokyo(1963) tem em 320kbps no Rapidshare -- Senha HUXLEY4U (capa aqui).

01. Boogie Blues1 (2:01)
02. Trav'lin Light (3:36)
03. Honeysuckle Rose (3:09)
04. Avalon (2:13)
05. Bewitched (2:56)
06. You'd Be So Nice To Come Home To (2:19)
07. Night And Day (1:48)
08. Let's Fall In Love (2:20)
09. Sweet Georgia Brown (3:02)
10. Tea For Two (2:54)
11. Stella By Starlight (2:38)
12. Love For Sale (3:05)
13. Get Out Of Town (2:32)
14. That Old Feeling (2:14)
15. Four Brothers (2:51)

Dá para ter um gostinho do que foi o especial para a TV Japonesa na página oficial da diva.

Não tenho palavras para descrever o nível de divindade da diva O'Day. É uma das vozes mais deliciosas e uma das artistas mais criativas do jazz.

O vídeo da entrada do post é parte do documentário sobre o Festival de Jazz de Newport de 1958, engraçadíssimo com os americanos anos 50 da platéia morrendo de calor e Miss O'Day toda cool cantando Tea for Two, Have you meet Sir Jones e outras coisas maravilhosas.

Anita O'Day, reza a lenda (e o Ruy Castro), era para ter sido a voz de escolha da Verve para gravar o Great American Songbook, antes mesmo da igualmente divina Ella Fitzgerald ser cogitada, mas acabou sendo posta de escanteio devido a seu envolvimento com álcool e heroína.

O modelito dela neste vídeo é um ícone da história do jazz, o equivalente scat do pretinho básico com pérolas de Desayuno con Diamantes. Sabemos de fonte segura que Miss Nomiya Maki mandou fazer luvas, chapéu e vestidão iguais para sua estréia como vocalista do Pizzicato Five em 1983 (a fonte segura é o marido).