24 de noviembre de 2009

O Armário Nosso de Cada Dia

Eu tenho um colega-gay, professor e tal. Não gosto muito dele. Um dia, marido e eu encontramos o dito cujo com o respectivo marido no Shoppis. O meu colega ficou todo nervoso, mas apresentou o marido Marcos. Semana seguinte, estava todo meu amigo.

Semestre passado, descobrimos que ele conta as histórias dele com o Marcos como se fosse com a Beatriz, sua namoradA, para os alunos. - Eu e Bia fomos para Gramado no finde. - Bia e eu vamos para a praia. Os alunos acham graça, pois desconfiavam de tanta Bia em uma biba só. Agora sabem que a Bia se chama Marcos, por causa de um furo do próprio professor.

A pessoa ter um relacionamento homo-monogâmico pode ser motivo de constrangimento, mesmo na profissão de professor.

Eu não falo para meus alunos que sou gay e casado, mas também não minto. Outro dia um aluno me perguntou se eu tinha deixado a barba para fazer uma linha urso. Detalhe, o aluno é hetersson, mas o primo gay é urso (- apresenta?). Eu respondi que era desleixo mesmo.

Devo acrescentar que meus colegas sabem que sou gay e muitos conhecem o maridão.

Hoje, fiquei sabendo que o meu colega esse, não contente em se trancafiar no ármario com a Bia, também faz piadas homofóbicas em sala de aula.

Uma coisa é a pessoa ter 30 e poucos anos e querer ficar quentinha no armário, outra muito diferente e mais grave é ser preconceituoso.

Gê-Zus Luz alumeie essas cabeças!

5 comentarios:

BHY dijo...

sabe que tenho encontrado um preconceito estranho nessa minha ida para a área de educação? de um lado, dos professores gays que fazem como o namorado da bia aí. do outro, o mesmo velho preconceito de sempre, mas de coordenadores pedagógicos que insinuam que professores gays não devem dar aula para adolescentes. é, bem assim. ;-)

Thiago Lasco dijo...

a pessoa tem o direito de mentir, se esconder e deve ser respeitada... até o momento em que passa a fazer piadas homofóbicas e atacar os próprios colegas de classe para se proteger. a partir daí, meu chapa, perde o direito ao respeito, que não pratica, e merece paredão, outing, tudo junto.

Raí dijo...

Pois é, a ignorância, mãe do preconceito, está aí para todos, inclusive as gays, infelizmente. Na área de TI (Tecnologia da Informação), onde trabalho não é muito diferente, mas tem muita bee de namorada (rasha) para manter aquela aparência ridícula. E muita mulher azeda achando que não tem mais "machos" para elas por conta dos gays e não por conta delas serem umas monstrinhas... Convivo diariamente com isso, gentinha azeda e mal amada/comida. Bjs,

Alexandre Lucas dijo...

Tenho a certeza de que a coragem te faz uma pessoa mais feliz =D

Too-Tsie dijo...

Eu só lamento por pessoas mal resolvidas que namoram as Bias.

Em casa, não rolou o drama de ter que "contar". Apresentei meu amigo e roommate, e todo mundo sacou. E caso alguém tenha audácia de perguntar, eu falo na lata, meu namorado.

No meu trabalho a posição é outra, ambiente profissional. Clientes não tem esse nível de intimidade e meu funcionário é uma anta alienada.

Eu penso igual o Thiago, tenha suas razões de mentir e se esconder. Agora, não venha nos atacar pois o telhado é de vidro, ou melhor, de cristal.