Alérgica
Ay, mon Dieu! Nuestra Señora del Sotaque guardai! Notre Dame de Barretos salvai! Jesucristo!
Ontem começou a nova novela da Globo - Alérgica. Eu como sou alérgico há muito tempo não posso ver. Nem quero mesmo, uma versão do Clone sobre imigrantes sem sotaque e peãos bonitãos.
Em todo caso, tem a Torloni literalmente roubando a cena como a cleptomaníaca Haydée. Ainda, a Lúcia Veríssimo no papel da sua vida - locutora de rodeio! Vai ter Betty Faria, que simplesmente a-do-ro.
Alguém pode me dizer o que aconteceu com a cara do Edson Celular? Plástica ou ele engordou tanto que a cara esticou? Dúvidas cruéis! Nem dormi direito com saudades da Nazaré. Vou tomar meu Zyrtec só para garantir.
Bom, dia 14 de março é o dia nacional da poesia. Será que escolheram de propósito o dia da inauguração da nova-novela, tipo new? Então, uma poesia para comemorar. De Manuel Bandeira, Ubiqüidade:
Estás em tudo que penso,
Estás em quanto imagino:
Estás no horizonte imenso,
Estás no grão pequenino.
Estás na ovelha que pasce,
Estás no rio que corre:
Estás em tudo que nasce,
Estás em tudo que morre.
Em tudo estás, nem repousas,
Ó ser tão mesmo e tão diverso!
(Eras no início das cousas,
Serás no fim do universo.)
Estás na alma e nos sentidos.
Estás no espírito, estás
Na letra, e, os tempos cumpridos,
No céu, no céu estarás.
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