31 de octubre de 2005

Sai desse armário, que ele não te pertence mais!

Hoje, eu vou contar uma história semi-verdadeira, encenada na vida real por personagens fictícios. A história de hoje é sobre uma criatura mitológica - o RUSTI.

O rusti mora, geralmente, em armários embutidos, closet em inglês. O rusti se alimenta de namoradas trubufu, muitas vezes quando está de dieta arruma uma amiga para se passar por namorada nas festas de fim de ano, e só se acasala quando é extremamente necesário, entretanto, uns até chegam a gerar prole.

A primeira cientista a ter contato com essa espécie foi a Dona Zuzu, falecida mãe de uma amiga. Foi a Dona Zuzu que descobriu muito sobre o comportamento dos rustis investigando seu habitat natural.

Bom, vamos a nossa história de hoje. Em uma daquelas turmas de verão havia um espécime de rusti, um do tipo rusti-heleninha (sabe aquele que solta a franga quando bebe e quer beijar os amigos? Um amigo em especial). O tal do rusti-helena achou uma namorada, a coitada era feia e nariguda e acabou recebendo o carinhoso apelido de Big Nose. A coitada parecia uma vassoura. Comportamento típico de rusti.

A nossa amiga Big Nose era feia, mas não era burra. Logo, percebeu que o namorado tinha um grande armário embutido e lá morava entre livros e fotos p&b (Greta Garbo, and Monroe / Dietrich and DiMaggio / Marlon Brando, Jimmy Dean / On the cover of a magazine).

Como eu já disse, Big Nose era esperta. Daquelas que não quer ficar sozinha - melhor um rusti na mão que nenhum namorado voando. Ao menos não estou encalhada, né gurias?!

A moça era estudada, culta, lida (lida do verbo ler, não linda), de faculdade mesmo, e usando do único artifício disponível, começou uma campanha para desmoralizar, ridicularizar, esculachar o alvo da franga do namorado. O alvo era um outro amigo semi-rusti, quer dizer, com meio corpo fora do armário e um copo na mão. Categoria nova: semi-rusti-heleninha.

Resultado da maldade da nariguda - os melhores amigos, rusti-heleninha e semi-rusti-heleninha perderam contato, mas não a paixão. Seus armários ainda suspiram um pelo outro.

Eu nem era muito amigo dessa gente, mas convivemos na mesma turma por uns dois verões. Eu só pensava: quando essa beesha vai abrir as asas e voar? (Spread your wings and prepare to fly / For you have become a butterfly) Solta essa Mariah que há dentro de ti, guri! Sem julgar ninguém, é claro.

Verão vai, verão vem, nunca mais tive notícias dessas pessoas (que Deus as guarde longe). Outro dia, recebo um convite para ser amigo do “rusti-helena”, espero que sóbrio. Fuçando nos escrépes e tesmoniais de Jeová, descobri o que aconteceu com os protagonistas.

O fim da novela será revelado agora. (No fundo uma balada - qualquer uma da Celine Edionda, que também é nariguda)

O casal rusti-nose finalmente se separou. Ele ainda não saiu do casulo-armário, mas deve ter parado de beber, casou de novo com uma menos feia. Ela, a mulé-beesha nariguda, casou novamente só que se deu bem – o marido é muito melhor que o “rusti-helena”. Mesmo feia, ela comeu o pão que mofou no ármario, então merecia achar a sua alma-gêmea.

E viveram feios, rustis e cultos para todo o sempre.

Fim - The End

MORAL: A pessoa pode até ser um “rusti-júnior” (outra categoria), o que é bastante compreensível. Agora, continuar morando no armário até os 35 (até agora, claro) é patético.

Quer saber o que aconteceu com o semi-rusti-heleninha? Aguarde mais um capítulo de nosso estudo sociológico-comportamental da ontologia do rusti.
Foto gentilmente roubada daqui.

3 comentarios:

Anónimo dijo...

...ah minha Nossa Senhora do Armário Fechado...tô tentando juntar as peças mas ainda não consegui...tenho minhas suspeitas sobre Big Nose, mas os demais personagens ainda não caíram a ficha...hahahaha
Bjão. Alê

Alex dijo...

Entao, guri! PuramordeDeus, ne? Quando falaste "nariz" eu imediatamente lembrei da guria! HHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH

Ah, Big River...quem tem saudade levanta a mao!

Alex dijo...

P.S. Eu so nao lembro quem era o semi-rusti helena...acho q este eu nao conheci...