15 de febrero de 2006

Ella ou Billie, Billie ou Ella?

Eu aprendi muito nos últimos quatro anos (assim espero). Uma das coisas que aprendi é que as coisas não são absolutas, nem devem ser. O gosto pessoal não se limita a simples escolha: Internacional ou Grêmio?

Para que escolher se a gente pode ter muito mais prazer nas duas coisas. Por exemplo, as batalhas na música sempre são entre Porter ou Gershwin (os dois); Caetano ou Chico (os dois têm coisas maravilhosas), Rolling Stones ou Beatles (os dois, embora prefira Los Beatles); Britney ou Christina (nenhuma); Axé ou Pagode (muito menos), a loira ou a morena do Tchan (chuta que é Macumba)... As escolhas podem ser infinitas, a Ana Carolina, só para dar outro exemplo, não escolheu apenas se declarou BI.

Eu sempre fui do time da Billie Holiday (drogada e louca) e sempre detestei a Ella Fitzgerald (doce, muito doce – gorda, mesmo – e afinadíssima).

Tem aquela velha história: quando a Billie canta, de George Gershwin e DuBose Heyward, My man's gone now o macho deu-lhe uma surra e foi para nunca mais voltar, quando a Ella canta a mesma canção o cara foi na padaria comprar mais açúcar (bolo, torta) para ella.

Até que um dia, antes de eu ir para Rio Grande em 2003, ganhei uma coletânea da Ella Fitzgerald. Nunca mais parei de escutar... I've got you under my skin.

Agora sou do time Billie-Ella encontram a Nina e a Dinah no time de melhores cantoras que estão no céu. Como diria Cole Porter: You're the Top.

Tem algumas cantoras (poucos cantores) que quando a gente escuta (principalmente sozinho) vão preenchendo os pequenos espaços no ar. Ainda mais se é em um dia lindo de sol como o que fez hoje ou ainda quando dá pra ver a lua cheia na sala de casa pela janela, como agora. Ella é uma dessas cantoras que tem o dom de preencher os espaços a minha volta. Agora estou bem aconchegado.

A propósito, o meu amigo Alê – freqüentador assíduo deste humilde blog – vai para Paris, não é Paris - Texas é Paris – França – Europa (o continente), muito chique. I love Paris.

Mesmo não cantando em francês, como a Nina Simone mais ou menos cantava, acho que Ella combina com o clima da viagem, então assim que eu conseguir fazer o upload, você também poderá baixar aqui o lado A e aqui o lado B do A highly satisfying samples of classic stereophonic jazz audio - Ella Foreva and don’t you dare say no.

Peço permissão para o compilador. Posso?

4 comentarios:

Anónimo dijo...

Oiiii... Tb acho a gente não tem q escolher entre coisas igualmente prazeirosas. Mas entre as duas, ainda fico com a Billie... A Ella me deprime um pouco! rsss
Qnto ao nome: Lisa é o nome da mocinha de um filminho romântico q assisti logo no início do meu romance (Wickerpark) e q mais ou menos resume o q eu passei até hj com o meu "casinho"... Tudo pq uma mocréia psicopata resolve separar um casal da maneira mais sórdida!
Enfim...
Obrigada pela visita e volta sempre! Eu não registro sempre, mas passo por aqui quase todos os dias! Bjinho.

Andrei dijo...

Pode. :-*

Anónimo dijo...

...eu nunca poderia imaginar comparações e colocações tão sutis e precisas...
Aguardo a compilação, que com certeza vai combinar muito com a viagem e com os nossos espaços...lembraremos de ti, com certeza.
Many tks para o compilador. He's a gentleman.

Anónimo dijo...

Eu tb fico c as duas. Vc ta certo, pra que escolher?