14 de febrero de 2006

En el fondo del The Best

Está acontecendo o II Festival de Cinema Internacional de Porto Alegre até quinta. Reservei uns trocados e umas horas para ver dois filmes argentinos. Hoje fui ver o primeiro: El fondo del mar (O fundo do mar).

O filme conta a história de um jovem casal em crise por causa da possessão dele sobre ela. Ao chegar à sua casa mais cedo que o esperado, ele encontra um sapato (que não é seu) ao lado da cama, logo uma mão que puxa o sapato para de baixo da cama. Daí acontece uma longa noite de perseguição ao suposto amante de sua namorada.

O fundo do mar é muito bem feito, a fotografia é ótima (Buenos Aires ajuda), os atores são excelentes (não gostei muito do amante, mas depois quando a gente descobre a profissão dele muito se explica). Entretanto não me identifiquei com o filme – essa coisa de ciúmes doentios não é muito a minha praia.

Confesso que já foi, mas eu tinha 19 anos. Não sei se é justificativa.

Lá pelo fim do filme o protagonista, Ezequiel, encontra uma moça na praia e o diálogo é mais ou menos assim:

Ezequiel – Quantos anos tens?
Moça – Tenho 20
E – muito nova, muito nova (murmurando).
M – Nova? Quantos anos tu tens?
E – Tenho 26, mas sou muito imaturo.


Os dois se afastam. Ezequiel tem que conhecer o fundo do mar (que dá nome ao filme).

Não sei se em todos os casos é questão de maturidade, mas essa parece ser a proposta do filme. Ele vai crescer e deixar de ficar obcecado por Ana e o que ela está fazendo nesse exato momento.

O filme sugere que o Ezequiel é muito obcecado, não só pela Ana.

Na volta, ouvi sem querer a Tina Turner cantando:

Speak a language of love like you know what it means
And it can't be wrong
Take my heart and make it strong baby

You're simply the best, better than all the rest
Better than anyone, anyone I've ever met

Não é tão lindo quanto o filme, mas me disse muito mais.

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