3 de enero de 2007

Ce-le-bra-tion!!!


Puesta del sol en Punta de Leste, 18.12.2006

Eu sempre gostei de receber, de organizar, de dar festas. Na minha casa sempre fomos acostumados a ter gente, os amigos dos meus pais, os amigos da minha mãe, os meus amigos e depois os amigos da minha irmã. Eu adorava a função toda, arruma a casa, compra flores, tira a louça do armário, escolhe o menu, gela as bebidas e prepara ou encomenda a sobremesa (lá no sul do RS os doces são dos deuses). Adoro a Célia Ribeiro, sonho em ter armários repletos de louça e em fazer ranchos na Brickell.

Lembro de festinhas memoráveis lá em casa, principalmente aquelas entre os meus 15 e 18 anos. Depois veio uma fase em que as festinhas eram no apartamento da praia do Cassino. O salão de festas é grande, fica no quinto andar com uma vista linda e tem uma varanda enorme.

Um belo dia, eu pensei: deu, né; me enchi de ter que levantar no outro dia e limpar o apartamento, o corredor e o salão de festas, lavar os pratos, recolher os restos e ver o que havia sobrado dos foliões. Minha resposta passou a ser: olha não vai dar.

Eu sei que é um porre ficar reclamando, mas aquela fase em que eu fazia tudo com prazer havia passado. Agora eu tenho a minha, quer dizer, a nossa casa. Nós adoramos receber, curtimos os preparativos, ir 59 vezes ao supermercado, pensar nos pratos, arrumar a casa, chamar a faxineira, pensar na trilha sonora, ouvir Fangoria enquanto cozinhamos...


Fim de tarde com a Angélica e o Andrei (18.12.2005)

Ainda assim, o peso de fazer aniversário exatamente uma semana antes do Natal e duas antes do Ano Novo é um pouco demais.

No ano passado, nos mudamos, então em vez de fazer uma festinha de aniversário convencional, convidamos todos os amigos para a inauguração da casa nova. Não quero me lamentar, toda a trabalheira foi muito prazerosa. Foi uma curtição. Mas (tem sempre um mas) é muito difícil que as pessoas reconheçam qualquer esforço nesse sentido. No fim das contas, sempre acham que servimos coisas estranhas, com gosto esquisito e outras coisas indizíveis ou não ditas, ao menos na minha frente.



Marcelos no delicioso after party (18.12.2005)

Talvez a gente fique prisioneiro do próprio estereotipo (inventando por nós mesmos) Nessa festa do ano passado, poucos sabiam que eu estava completando meus 33 dezembros, então me livrei do parabéns a você com cara de tonto olhando para o bolo com 33 velHinhas flamejantes. Depois que foi todo mundo embora, os remanescentes (Corradi, Luzardo, Freitas, Caríssimi, Cunha e os Silva) conseguiram ter uma conversa agradabilíssima.

Esse ano foi tranqüilo, eu fui viajar com a minha mãe. Vi um lindo por de sol, comi um matambre delicioso e senti falta do meu amoreco. Antes de sair em férias com a família, houve aquela dúvida sobre fazer uma festinha e só chamar os amigos mais íntimos. Esperei um pouco e a vontade passou. Não que eu não goste de ver os meus amigos e de comemorar com eles. Se o maior prazer que eu sinto é no antes, nas preliminares, então posso somente fazer isso. Não é verdade? Todo mundo fica mais feliz se você encomenda uma pizza da esquina.

Ainda é cedo para planejar o aniversário deste ano, o de 35, aí já vou ser um jovem senhor. Nada de festa! Talvez eu vá arrumar a casa, encher balões, preparar a trilha sonora, fazer a comida, a sobremesa e

quem sabe ver o pôr do sol.

5 comentarios:

Alex dijo...

Mas olha, o Reveillon estava impecavelmente delicioso, comidinha, bebidinha, balões, música, companhia, conversa, risadas, tudo perfeito. Fazia muito tempo que eu não passava um fim de ano tão legal.

:-)

A arte do bem-receber da tia Célia foi muito bem aprendida!

denise dijo...

centauros nasceram pra receber.. ;)

Rody dijo...

Mas se as preliminares te dão tanto prazer, continue preparando as festas, uai, aí, no fim, você não chama ninguém e faz a festança só com seu amoreco. ;)

Simone dijo...

Bá, nem me fala em passar aniversário longe do amor, hoje estou longe dele. 360 km para ser mais exata.

Aniversário se comemora assim, do jeito que der na telha. Em 2006 meu niver foi no apê novo, bagunçado e sem mobília, com 4 amigos, garrafas de jurupiga e todos sentados na minha cama. Estava ótimo.

Beijocas

John dijo...

Não tem aquela história de que o melhor da festa é esperar por ela? Talvez esteja aí o motivo de sua dedicação preparando tudo com tanto carinho para receber os convivas.