Para não magoar ninguém, este post vai ficar no plano das idéias.
Eu tenho a impressão que já fui um desses sagitarianos que sai por aí largando as patas em todos, agora virei um encolhido que não sabe impor limites. Não sei dizer que não. Deve haver um meio termo em algum lugar aqui dentro.
Já faz alguns dias que eu venho pensando nesse meu problema. Hoje, ouvi o Arquitectura Efimera do Fangoria, cuja faixa 8 tem o inspirador nome de El arte de decir que no (Mentiras, traiciones, promesas vacías, miserias, tensiones y mil tonterías ¿Por qué me voy a conformar, si no lo necesito? El arte de decir que no de forma natural La ciencia del perfecto adiós tajante y sin dudar, sin sentirme mal) Letra na íntegra aqui. Download aqui. Essa letra expressa muita coisa que eu ainda não consigo dizer.
Quantas vezes a gente tem que pactuar com os outros e ser conivente com a merda que eles inventam? Quantas outras vezes nós somos postos em cheque com perguntas indiscretas, propostas indecentes e escalações de todo o tipo? Sem exemplos para não ferir as feras.
Não quero me tornar ainda mais recluso, mas a convivência com o mundo exterior anda bruta, viu ?!
Ontem, no ônibus em direção ao trabalho eu ouvi em alto e bom som uma moça (loira tingida, sobrancelha gritantemente preta, calça colada, blusa de oncinha por debaixo da jaqueta com gola de pele sintética, meio gorducha, enfim, amigaaaa) dizendo para um rapaz (de cabelos compridos, com a franja presa, sobrancelhas tiradas, enfim, ____):
- Ai, eu não sei mais o que dizer pra ela... :Tá surtada! A loca! Sabe o que ela me perguntou? Raquel, será que o Fernando (!) ainda me ama? Tu sabe que ele tá morando, morando com o Edu? Só morando, ah tah né, ela quis dizer namorando e morando com o Edu! Ela perdeu a noção de tudo.
Ah, Raquel eu te entendo tanto. A gente sabe que a verdade dói muito no dos outros.
Beijomiliga, Ra!
Fernando, querida, Can you hear the drums, Fernando?
5 comentarios:
Ihhhhh... Calma, moço, calma... Fique bem também.
;-)
Ah, obrigado pela canção!
:0)
lembre-se de aceitar as pessoas como elas são, a não ser, é claro, que isso te traga sofrimento. conversar com elas normalmente não dá em nada, elas vão te olhar arregaladamente como se não soubessem do que você está falando. um afastamento sutil é o que eu recomendo. melhoras.
rs rs rs ... olá... só vc mesmo pra escrever isso. bjxx
ihh!!!
ai, marcelo, esses outros...!!!...
depois a gente foge e é reprimido, argh.
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