11 de junio de 2007

En Plan Travesti


Partindo da minha paixão por Fangoria e da dica do Roddy – Miranda!, tenho escutado muitas coisas pop em espanhol (farei uma coletânea logo, logo, aguardem). Dentre coisas delícias, ouvi o disco da travesti espanhola La Prohibida, que é ótimo. Esse é só um exemplo.

As nossas drags, travestis e afins quando conseguem gravar uma música é um bate-cabelo horrendo, com uma produção pobre e um DJ infeliz. Coitadas! Fiquei pensando na Espanha que tem lá as suas travestis cantoras, travestis ídalas pop, as caricatas e as atrizes almodovarianas. Fangoria se apresenta na televisão no sábado de noite cantando com duas bailarinas travestis – Topacio Fresh e Andy. A única comparação possível seria as apresentações do MC Serginho com a Lacraia, ou a já falecida Vera Verão.

Creio que nós não tenhamos essa cultura das travestis, das cores, do glamour e do exagero. Em tempo de Parada Paulista, talvez fosse bom os próprios gays começarem a abraçar a diversidade. Outro dia o BluesAzurro postou sobre os guetos gays, classificação dos gays e a falta de tolerância que nós temos uns com os outros. No fim, tudo isso é ótimo em teoria, mas seria bacana colocar em prática. Difícil?!

Quase todos, GLBTXYZs, adoram uma trava, drag, caricata, ou seja lá qual nome for, mas quantos de nós somos amigos delas. Apenas dizemos Ma-ra-vi-lho-as!

Agora, se conhecemos um rapaz, vestido de menino-homem e notamos a sobrancelha tirada. Humm... Depois, quando vamos visitá-lo tem fotos de uma drag no mural, perucas na penteadeira, cds da Britney, DVDs da Madonna pelo chão, e uma cartola com um rabo de cavalo preso no topo. Drag Alarm!!! Fuja enquanto dá!

Temos que admitir esse maldito auto-preconceito e parar com o descarto gordos, efeminados, gordos efeminados, efeminados montados e desmontados.

Abrace a diversidade, amiga. Quem sabe não seria bom começar amanhã que é dia dos namorados, heim?!

Ilustrando o post: La Terremoto de Alcorcón na capa o seu méga álbum Confessiones tirada por los suelos de la discoteca. Para ver a versão dela para Hung Up (Time guos by con Loli) clique aqui.

2 comentarios:

Rody dijo...

Viva a diferença, né mesmo?

Mas, acredite, acho que elas é que não nos suportam! rs.

Anónimo dijo...

Pois é, La Prohibida é belíssima, lembra a Jem (das Hologramas). Esteve pertinho da gente há alguns meses (Argentina), mas não veio ao Brasil (que eu saiba, senão teria ido conhecê-la pessoalmente).

Sobre a questão das drags, aqui em Brasília a gente não vê nem nos clubs, quanto mais fazer amizade... tipo impossível.
Sou à favor de uma importação de Drags urgente!

Beijos,
Raí.