I'll sing to him, each spring to him

Só ontem que eu fui ver The History Boys, o novo Sociedade dos Poetas Mortos, só que britânico e menos emotivo (snif, snif). O filme têm coisas surpreendentes, a trilha sonora impecável (New Order, The Smiths, The Cure), os personagens são todos verossímeis e não tem aquela babação de Oh Capitão, Meu Capitão.

Pena que filme sempre tem que ter uma coisa antes do final – uma reviravolta, algo inesperado, um ooohhh arrancado da platéia, um aaahhh coitadinho... nesse caso não precisava. Tudo bem, está devidamente perdoado pela cena em que o guri gayzinho canta Bewitched, Bothered and Bewildered para o bonitão da sala. Como sempre, no YouTube.

Quem nunca pensou em cantar para o ser amado, ainda mais quando a gente tem lá nossos 16, 17 anos. (I've sinned a lot, I'm mean a lot But I'm like sweet seventeen a lot) Eu nunca pensei em usar essa música para uma declaração de amor (letra aqui). Enmacumbado, Enojado, Entontecido - estou... (ou Com Quebranto, de Saco Cheio e Louca do meu Edi estou...) seria ótimo! Falando sério, essa canção não era das minhas preferidas, agora é.

De presente, aqui vai a versão apoteótica da sempre apoteótica Ella Fitzgerald, cercada da versão do Mel Tormé e da Anita O’Day. Outras maravilhas gravaram Bewitched, Bothered and Bewildered, como Julie London, Rufus Wainright, Sinéad O’Connor, Carly Simon, Frank Sinatra e até o Rod Stewart em dueto com a Cher.

Men are not a new sensation...