O Damo do Lotação

Então, eu vou continuar com a minha veia Maneco Carlos...

Um dos meus alunos deste semestre veio transferido de Floripa. O cara é todo gostoso, corre, só come coisa natureba, surfa, e põe sempre desodorante aerossol bem no inicio da aula. Toda a terça ele chega às 19 h, larga a mochila, pega um tubo de desodorante, levanta a camiseta e dispara um largo jato em cada axila.

Entretanto, hoje um guri superou o meu aluno. Fui trabalhar de lotação, uma espécie de van vermelha, sentei no fundo. Não tinha outro lugar. Pois o guri ao meu lado estava com uma tesoura na mão cortando a etiqueta do moletom. Até aí nada de mais. Depois tirou o sapatênis marrom claro, as meias pretas e ficou de pés descalços (sueños blancos). Tirou um par de meias brancas novas da mochila e calmamente calçou cada pé com uma meia limpa e depois colocou o sapatos novamente.

Não sou de ter muitos pudores, mas há coisas que não se faz em público. Não é messs?

Outro dia, eu me aventurei no shopping aqui perto de casa para comprar um cinto. As calças estavam indecentemente sempre caindo. Não tinha, até então, nenhum cinto com furinhos. Comprei um bem baratinho na C&A e fui para o banheiro trocar o cinto. Tira o cinto velho, pega o cinto novo, tira a etiqueta, põe o cinto novo, arruma a calça. Nesse meio tempo, um senhor já bem posicionado no mictório fica me abanando o pau(Zinho) repetidamente. Gente, eram 10:30 da manhã, nem é hora do chá (para muitos sempre é hora do chá).

Essa historinha é só para reafirmar que há coisas que não se faz em público, nem em banheiros públicos. Da próxima vez, eu me troco no ônibus.