2 de mayo de 2006

Como diria Dona Regina: Eu tenho medo!


Algumas muitas coisas andaram acontecendo, mas nada de muito importante. O caso é que algumas impressões ficaram. Vejamos:

Sobre visitas: Mesmo quando eu era adolescente e ficava ouvindo bolachões com o Alê, como ele falou em um comentário, havia um propósito em uma visita– jogar conversa fora e ouvir dilíssas em vinil. Geralmente, quando a gente visita alguém tem um objetivo. Pode ser do tipo passa aqui que eu tô super deprê, vem jantar comigo, vamos ver um filme, vem ouvir o último lançamento da Sandy e Júnior, qualquer coisa. O que eu não entendo é uma visita sem propósito. Recebemos uma totalmente sem justificativa, então fizemos janta (mesmo sem saber se a criatura queria jantar, mas tudo indicava que sim), vimos TV Pirata (mesmo sem saber se a criatura gostava ou queria), tentamos colocar os assuntos em dia (mesmo sem ter muito assunto). Totalmente frustrante.

Sobre faturas: Em uma janta recente, ouvi duas recém mães uma lista de cobranças sobre os maridos e os rebentos. Quanto aos maridos tudo bem - já são grandes e sabem onde se meteram e onde meteram. Agora, os pequenos babys ainda nem entendem as coisas do mundo e já estão sendo cobrados. Meio cedo, muito medo. Noites insones, trocas de fralda, o quanto a minha vida mudou, “o marido ajuda em tudo, mas quem se fode sempre sou eu”, assim por diante. Será que não existem mães que criem seus filhos sem cobrar nada? Um dia a conta chega, meu filho.

Sobre o frio do sul: Sebastião, o gato, anda morrendo de frio. Ontem, ganhou uma roupa dessas que vendem nas feirinhas de artesanato. Uma baby-look azul marinho. Ficou fofo, mas ele não gostou muito. A roupa dificulta os movimentos do bichinho. Talvez ele seja vestido só para dormir a noite. Talvez haja uma moral nessa história.

Sobre a moda fashion na decoração: Eu gosto de ver revistas de decoração, não posso dizer que leio, porque não tem nada ali pra ler. Só tem um problema, fica tudo tão impessoal, entretanto pode haver boas idéias para o seu lar. Eu prefiro sempre uma decoração bem pessoal. Isso eu herdei da minha avó, isso eu comprei numa feira na Loma del Culo, isso foi o Zé Buscapé que me deu, ele comprou isso na sua última ida a Praga, isso foi o meu pai que fez, a minha casa é meio assim. Problema maior é seguir os desígnios decorativos com as tuas coisas pessoais. Jamais ponha seus livros de arte em uma coffee table, se os livros não custaram milhões e a tua mesinha de centro não é coffee nem é table, entende? Não façam isso em casa, crianças, deixem a decoração do tipo fashion tá se usando para um decorador. No names, but, meninos, eu vi.

A foto (muitas outras aqui) que ilustra o post é da Coachonna no festival de Cocha-Nella na cidade de Cocha-Bamba – a moça mandou os caras chuparem o pau do Buuu-chê, causou polêmica por ser a primeira pop-estar a estar em um festival tão alternativo, tirou as calças e cantou de maiô, o set-list era o mesmo da promo-tour, só que com Raio de Luz – já disponível para baixar.

3 comentarios:

John dijo...

Ela tá ótema! Só tem que largar aquele violaozinho ou guitarra sei lá...senão fica que nem na outra tournê. Adorrei.

John dijo...

Eu não assisti TV Pirata quando estive aí. Porquê? Tô me sentindo prejudicado, quero os meu direito!

Anónimo dijo...

hahahahahahah...
aieeee que mierDA!, por que a cachorrona não vem pra cá, putza??
hmpf...

hehe.. vc e suas visitas sem-noção...rs...
os antigos costumavam colocar uma vassourinha de ponta cabeça atrás da porta pra espantar visita, o perigo é elas quererem usar o artefato pra voltar pra casa!
hahahahahaha

bjos che!